Faz - de - Conta


A desigualdade social é um crime de horror que se perpetua porque os governantes do pais, por omissão ou mesmo incompetência, não conseguem resolver. A desigualdade é crime hediondo que tem a capacidade de produzir outros crimes do género. Conviver em um país que tem dezenas de milhares de meninos em todos os Estados da Federação vivendo da prostituição é ou não procedimento de horror? Poderíamos dizer que no Brasil, o crime tornou-se regra. E, porque virou regra, surgiu a necessidade de classifica-lo entre hediondo e o não hediondo. Precisamos protestar e com urgência para que no Brasil crime seja crime, cometido ou não por parlamentares, jornalistas, magistrados, ministros, estelionatários, matadores de aluguel ou traficantes. Os crimes, que de tanto ocorrerem e acontecer, tornam-se banais, rotineiros, não são naturais. Não é assim que se constroi um país. E de tanto nos acostumar, deixamos de ver. O Brasil não irá combater o horror construindo cadeias ou reduzindo a idade penal para o criminoso cumprir pena. Só uma revolução resolve isso. Não uma revolução com armas, mas sim com escolas e professores armados com talento generoso de suas competências. Não sendo assim, todo o resto é na verdade um faz-de-conta. Eus-R / 25.02.2008



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