Se tem um artista em que o rapper e ex-vocalista do Planet Hemp, Marcelo D2, pode se considerar especialista é o sambista Bezerra da Silva. Tanto que trocou o flow do hip hop pelo partido alto em seu novo álbum, uma homenagem ao cantor pernambucano que se transformou em ícone da malandragem carioca.
Foi o disco mais fácil de fazer nos últimos anos. Em dois dias de estúdio gravamos 22 músicas”, conta D2 em entrevista por telefone ao G1. Das 22 faixas, 14 entraram no recém-lançado “Marcelo D2 canta Bezerra da Silva”, que traz clássicos como “Meu bom juiz” e “Malandragem dá um tempo”, todos com arranjos próximos dos originais.
“Eu não queria fazer um remix do Bezerra, queria cantar do jeito que ele gostava de ouvir aquelas músicas”, explica o rapper-sambista. Para isso, contou com um time de 19 músicos, incluindo o produtor Leandro Sapucahy, um dos idealizadores do projeto.
D2 conta que a ideia nasceu logo após o velório de Bezerra, morto em janeiro de 2005 aos 77 anos. “Saí de lá pensando que devia uma homenagem a ele, mas estava tudo tão corrido, turnê, gravações do meu disco ‘Acústico’”, lembra.
“Eu curto Bezerra da Silva desde a infância – meus pais ouviam ele. Quando eu comecei a escrever rap, me inspirava nele, queria fazer um rap como ele cantava – uma crítica social sem ser turrão, com bom humor”, exalta o rapper.
Em 2010, depois de dois anos de turnê com o álbum “A arte do barulho”, o rapper foi abordado pelo amigo Sapucahy durante um jantar. “‘Aí, Marcelo, o que tu vai fazer esse ano?’, ele perguntou, e eu respondi que não tinha nada em mente. ‘Então está na hora de gravar aquele disco do Bezerra’”.
D2 diz que a escolha do repertório foi pensada especialmente para apresentar a obra do sambista à “molecada” que comparece aos seus shows. “O Bezerra é um malandro carioca, e eu busquei músicas que contassem essa história”, conta, afirmando também que selecionou faixas “que tivessem a ver com a minha história afetiva com ele, como ‘Partideiro sem nó na garganta’, que nem é tão conhecida, mas que eu briguei para que ficasse no disco”.
Aprovado por bambas como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, o disco é um tributo até na capa, em que Marcelo reproduz a foto de “Eu não sou santo”, de 1990. “É minha capa favorita, foi o primeiro disco dele que eu comprei com o meu dinheiro. E tem outro lance que eu acho incrível, que é o fato de ele ter feito a foto descalço, adoro a ideia, acho que eu nunca pensaria em fazer uma capa assim”, conta D2.
Depois da longa turnê com o álbum anterior, o rapper diz que vai fazer poucos shows com o novo disco, “uns dez, nas capitais”, e pretende passar uma temporada “no ócio” em Los Angeles em 2011.
“Quero criar algo novo, não quero fazer mais nada repetitivo – mas quero seguir com o rap, isso é fato”, conta, citando nomes como Emicida, Akira Presidente e o grupo Start, de seu filho Stephan, como grandes promessas do hip hop nacional. “Não é só porque ele é meu filho, é porque é bom mesmo”, diz o pai coruja. “Tomara que ele rale bastante. Vai abrir portas para ele o fato de ser meu filho, mas ele também vai ter que ouvir muito.”
Apesar de estar ajudando no roteiro de um filme sobre a criação do Planet Hemp ao lado do amigo Skunk (morto em 1994) em parceria com Johnny Araújo (de “O magnata”) e João Miguel (de “Estômago”), ele descarta a volta do grupo.
“Pensei várias vezes em voltar com o Planet Hemp, mas acho difícil. É velho, eu não gosto de banda velha que volta, é um bagulho meio babaca. O que a gente tinha que falar, falou naquela época”, encerra.
Foi o disco mais fácil de fazer nos últimos anos. Em dois dias de estúdio gravamos 22 músicas”, conta D2 em entrevista por telefone ao G1. Das 22 faixas, 14 entraram no recém-lançado “Marcelo D2 canta Bezerra da Silva”, que traz clássicos como “Meu bom juiz” e “Malandragem dá um tempo”, todos com arranjos próximos dos originais.
“Eu não queria fazer um remix do Bezerra, queria cantar do jeito que ele gostava de ouvir aquelas músicas”, explica o rapper-sambista. Para isso, contou com um time de 19 músicos, incluindo o produtor Leandro Sapucahy, um dos idealizadores do projeto.
D2 conta que a ideia nasceu logo após o velório de Bezerra, morto em janeiro de 2005 aos 77 anos. “Saí de lá pensando que devia uma homenagem a ele, mas estava tudo tão corrido, turnê, gravações do meu disco ‘Acústico’”, lembra.
“Eu curto Bezerra da Silva desde a infância – meus pais ouviam ele. Quando eu comecei a escrever rap, me inspirava nele, queria fazer um rap como ele cantava – uma crítica social sem ser turrão, com bom humor”, exalta o rapper.
Em 2010, depois de dois anos de turnê com o álbum “A arte do barulho”, o rapper foi abordado pelo amigo Sapucahy durante um jantar. “‘Aí, Marcelo, o que tu vai fazer esse ano?’, ele perguntou, e eu respondi que não tinha nada em mente. ‘Então está na hora de gravar aquele disco do Bezerra’”.
D2 diz que a escolha do repertório foi pensada especialmente para apresentar a obra do sambista à “molecada” que comparece aos seus shows. “O Bezerra é um malandro carioca, e eu busquei músicas que contassem essa história”, conta, afirmando também que selecionou faixas “que tivessem a ver com a minha história afetiva com ele, como ‘Partideiro sem nó na garganta’, que nem é tão conhecida, mas que eu briguei para que ficasse no disco”.
Aprovado por bambas como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, o disco é um tributo até na capa, em que Marcelo reproduz a foto de “Eu não sou santo”, de 1990. “É minha capa favorita, foi o primeiro disco dele que eu comprei com o meu dinheiro. E tem outro lance que eu acho incrível, que é o fato de ele ter feito a foto descalço, adoro a ideia, acho que eu nunca pensaria em fazer uma capa assim”, conta D2.
Depois da longa turnê com o álbum anterior, o rapper diz que vai fazer poucos shows com o novo disco, “uns dez, nas capitais”, e pretende passar uma temporada “no ócio” em Los Angeles em 2011.
“Quero criar algo novo, não quero fazer mais nada repetitivo – mas quero seguir com o rap, isso é fato”, conta, citando nomes como Emicida, Akira Presidente e o grupo Start, de seu filho Stephan, como grandes promessas do hip hop nacional. “Não é só porque ele é meu filho, é porque é bom mesmo”, diz o pai coruja. “Tomara que ele rale bastante. Vai abrir portas para ele o fato de ser meu filho, mas ele também vai ter que ouvir muito.”
Apesar de estar ajudando no roteiro de um filme sobre a criação do Planet Hemp ao lado do amigo Skunk (morto em 1994) em parceria com Johnny Araújo (de “O magnata”) e João Miguel (de “Estômago”), ele descarta a volta do grupo.
“Pensei várias vezes em voltar com o Planet Hemp, mas acho difícil. É velho, eu não gosto de banda velha que volta, é um bagulho meio babaca. O que a gente tinha que falar, falou naquela época”, encerra.
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