“E, no caso da hepatite B, será dirigida a jovens e adultos que fizeram piercing, tatuagem e têm atividade sexual sem proteção”
Por: JOHANNA NUBLAT
A faixa etária para vacinação contra hepatite B foi ampliada nos postos de saúde.
Até o início deste ano, a vacina era ofertada pelo SUS a pessoas de até 29 anos e integrantes dos grupos de risco –como profissionais da saúde, manicures e prostitutas.
A partir de nota técnica endereçada pelo Ministério da Saúde às secretarias locais da saúde, em abril, a faixa etária do público geral foi ampliada para até os 49 anos.
Não deve ser cobrada, porém, nenhuma comprovação de idade para quem aparentar ter mais de 50 anos.
“Estamos pensando em eliminação futura da hepatite B. Abarcando a faixa até 49 anos, a gente cobre toda a população onde há uma indicação bem evidente da vantagem da vacinação”, diz Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde.
Apesar de a vacina já estar liberada para esse público ampliado, o ministério pretende aproveitar o dia mundial contra as hepatites virais, em 28 de julho, para difundir as alterações.
A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, também transmitida pelo contato com sangue e materiais cortantes infectados.
O ministério estima que 2,3 milhões de pessoas tenham hepatite, 800 mil delas a B.
EVOLUÇÃO
Nas últimas duas décadas, vem sendo ampliada a oferta da vacina contra a doença, inicialmente focada em crianças. Em 2001, ela passou a ser oferecida a todos os menores de 20 anos. Dez anos depois, foi estendida até os 24 anos. E, no ano passado, para os 29.
O ministério diz ter vacinado mais de 15,7 milhões de pessoas em 2012. O esquema básico de vacinação contra a hepatite B inclui três doses.
Também no final do mês, o governo pretende lançar campanhas para o diagnóstico dos tipos da doença.
A proposta é convidar para se testarem contra a hepatite C todos os maiores de 45 anos com vida sexual ativa, sem especificar um comportamento de risco.
“E, no caso da hepatite B, será dirigida a jovens e adultos que fizeram piercing, tatuagem e têm atividade sexual sem proteção”, afirma Barbosa.
Por: JOHANNA NUBLAT
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