Idealizador do projeto Hip Hop Educação para a Vida – que estreou oficialmente em 2010, mas já existia desde 1997-, o músico dá continuidade às palestras e aos pocket shows a partir de segunda-feira, dia 24, ao lado de Blitz, artista integrante do grupo Crime Verbal.
“A ideia sempre foi levar um pouco da minha história e da minha vivência para dentro das salas de aula. Eu penso que a partir do hip hop é possível tratar muitos temas que fazem parte da realidade daqueles garotos. O meu contato tão próximo com o crime e a violência, o que depois eu superei, levo até eles através da mensagem de que é possível viver sem fazer mal a ninguém”, afirma Hudson Carlos de Oliveira, também conhecido como Ice Band.
“No mundo em que vivemos, estamos constamentemente expostos a vários riscos. E muitos desses garotos se sentem envolvidos pelo ameaça do crime. O nosso papel como educador é impedir isso e mostrar que existem outros caminhos. É o meu principal objetivo com esse trabalho. A música abre uma série de portas para a gente pensar em maneiras de ultrapassar esses conflitos”, completa.
Ice Band adianta que, neste ano, visitará mais 12 escolas, além das 18 por onde circulou em 2010. A receita dos encontros continua a mesma. No primeiro contato com os alunos, o rapper faz um depoimento da sua trajetória até o presente e, em seguida, apresenta junto com o Blitz uma série de músicas inéditas criadas especialmente para o projeto.
“A gente viu que essa é uma maneira de contribuir com a sociedade. As canções e as letras trazem um conteúdo leve, mas com reflexão sobre a nossa vida no cotidiano”, explica.
Estímulo
Música para criar laços com os alunos
A ideia de levar o hip hop à sala de aula é também uma maneira de diminuir a evasão escolar e estreitar as relações entre professores e estudantes, na opinião de Hudson Carlos de Oliveira, o rapper Ice Band. Ele aponta que boa parte dos garotos que participam das escolas trazem o hip hop, o rock ou o funk consigo, elementos que podem ser explorados pelos professores.
“Por isso, se o professor na sala de aula se espanta com jovens falando determinadas músicas e não aproveita aquela oportunidade para se aproximar do aluno e de conhecer aquela música e trabalhar aqueles temas, como drogas, violência ou esgoto a céu aberto, muitas possibilidades de diálogo são disperdiçadas”, comenta o rapper.
“Se o professor discrimina o aluno e, às vezes, o critica por cantar determinada letra, perde também a chance de entender a realidade daquele garoto, o modo como ele vive, as pessoas com quem ele se relaciona, e deixa de contribuir, de certa forma, para estimular o pensamento sobre a própria vida dele”, conclui.
Roteiro das primeiras apresentações
Dia 24, às 9h40:
Escola Municipal Professora Alcida Torres (rua Álvaro Fernandes, 144, Taquaril);
às 18h:Escola Municipal Padre Francisco (rua Itaituba,12,São Geraldo)
Dia 28, às 15h30:
Escola Municipal Monsenhor João Rodrigues (rua Arapari, 95, São Geraldo)
Dia 31, às 15h30:Escola Municipal Benjamin Jacob (rua Venezuela, 643, Sion)
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