Bebês vítimas do crack precisam passar por desintoxicação


O crack é uma droga que vicia com muito mais rapidez do que outras, e é um vício demolidor. Os próprios dependentes reconhecem isso quando pedem ajuda. E eles não estão só em São Paulo. Em Divinópolis, Minas Gerais, as consequências do consumo de crack podem ser ainda mais dramáticas.

Em um ponto de uso de crack da cidade mineira algumas mulheres se encontram. Uma delas está grávida. Ela recebe a droga, se une ao grupo e acende a pedra. Muitas mulheres engravidam fazendo programa para manter o vício.
Outra mulher deu à luz no momento em que era presa. Foi flagrada com 300 pedras de crack dentro de casa. A Justiça determinou prisão domiciliar, mas ela pode ser afastada do filho a qualquer momento.

As mães dependentes, na maioria dos casos, rejeitam os filhos. Uma delas abandonou cinco recém-nascidos. “Em grande parte das vezes, elas dizem que não querem nem ver as crianças. São mães adolescentes que já trazem de onde moram problemas econômicos e sociais”, diz o enfermeiro Mateus Oliveira.
Ser ou não aceito pela mãe não é o primeiro desafio enfrentado por muitos filhos de mulheres que usam crack. Antes, eles precisam escapar da sequelas deixadas pela droga. Para isso, passam por um tratamento de desintoxicação. Quando nascem, eles apresentam muita agitação e irritabilidade.
“Usamos medicamentos potentes para que as crianças possam ficar contidas e tranquilas, evitando complicações”, diz o pediatra Júlio Veloso.
No hospital mostrado na reportagem, uma equipe multidisciplinar tenta convencer as mães a não abandonar as crianças. Quando isso não acontece, os bebês são encaminhados para parentes da paciente ou para adoção.
FONTE:SITE G1
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