Em que o diploma de jornalista ou sua falta influencia no exercício da profissão de pessoas como o judeu nazista Boris e tantos outros mercenários a serviço do oligopólio da mídia?
Onde fica a ética e qualidade da informação preconizada pela Fenaj, como vinculada à obrigatoriedade do diploma? Não é uma vergonha?
Quando os jornalistas vão assumir que não existe ética em sua profissão, onde sempre predomina a ética do patrâo? Idem para qualquer outra, mas é na comunicação que se forma a "opinião pública"...
Sugiro a leitura de:
"Trabalhar na Globo é crime!": http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=453TVQ004
"O que a Band esconde": http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=472IPB001
"A sociedade quer informação com ética e qualidade?": http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=529DAC001
Dialeticamente
Heitor
Boris Casoy é ?uma vergonha?
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Primeiro vídeo: ao encerrar o Jornal da Band da noite de 31 de dezembro de 2009, dois garis de São Paulo aparecem desejando feliz ano novo ao povo brasileiro. Na sequência, sem perceber o vazamento de áudio, o fascistóide Boris Casoy, âncora da TV Bandeirantes, faz um comentário asqueroso: ?Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho?.
Segundo vídeo: na noite seguinte, o jornalista preconceituoso pede desculpas meio a contragosto: ?Ontem, durante o programa, eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores?. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostra que não se arrependeu da frase e do seu pensamento elitista, mas sim do vazamento. ?Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados?.
Do CCC à assessoria dos golpistas
Este fato lastimável, que lembra a antena parabólica do ex-ministro de FHC, Rubens Ricupero ? outras centenas de comentários de colunistas elitistas da mídia hegemônica infelizmente nunca vieram ao ar ?, revela como a imprensa brasileira ?é uma vergonha?, para citar o bordão de Boris Casoy, com seu biquinho e seus cacoetes. O episódio também serve para desmascarar de vez este repugnante apresentador, q ue gosta de posar de jornalista crítico e independente.
A história de Boris Casoy é das mais sombrias. Ele sempre esteve vinculado a grupos de direita e manteve relações com políticos reacionários. Segundo artigo bombástico da revista Cruzeiro, em 1968, o então estudante do Mackenzie teria sido membro do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o grupo fascista que promoveu inúmeros atos terroristas durantea ditadura militar. Casoy nega a sua militância, mas vários historiadores e personagens do período confirmam a denúncia.
Âncora da oposição dedireita
Ainda de 1968, o direitista foi nomeado secretário de imprensa de Herbert Levy, então secretário de Agricultura do governo biônico de Abreu Sodré ? em plena ditadura. Também foi assessor do ministro da Agricultura do general Garrastazu Médici na fase mais dura das torturas e mortes do regime militar. Em 1974, Casoy ingressou na Folha de S.Paulo e, numa ascensão meteórica, foi promovido a editor-chefe do jornal de Octávio Frias, outro partidário do setor ?linha dura? dos generais golpistas. Como âncora de televisão, a sua carreira teve início no SBT, em 1988.
Na seqüência, Casoy foi apresentador dJornal da Record durante oito anos, até ser demitido em dezembro de 2005. Ressentido, ele declarou à revista IstoÉ que ?o governo pressionou a Record [para me demitir]... Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu?. Na prática, a emissora não teve como sustentar seu discurso raivoso, que transformou o telejornal em palanque da oposição de direita, bombardeando sem piedade o presidente Lula no chamado ?escândalo do mensalão?.
Nos bastidores da TV Bandeirantes
Em 2008, Casoy foi contratado pela TV Bandeirantes e manteve suas posiç� �es direitistas. Ele é um inimigo declarado dos movimentos grevistas e detesta o MST. Não esconde sua visão elitista contra as políticas sociais do governo Lula e alinha-se sempre com as posições imperialistas dos EUA nas questões da política externa. O vazamento do vídeo em que ofende os garis confirma seu arraigado preconceito contra os trabalhadores e tumultuou os bastidores da TV Bandeirantes.
Entidades sindicais e populares já analisam a possibilidade de ingressar com representação junto à Procuradoria Geral da República. Como ironiza Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre/em> de Brasília, seria saudável o ?Boris prestar serviços comunitários por um tempo, varrendo ruas, para ter a oportunidade de fazer algo de útil aos seus semelhantes?. Tabém é possível acionar o Ministério Público Federal, que tem a função de defender os direitos onstitucionais do cidadão junto ?aos concessionários e permissionários de serv iço público? ?como é o caso das TVs.
Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, Walter Ceneviva, Antonio Teles e Frederico Nogueira, entre outros dirigentes da Rede Bandeirantes, participaram de forma democrática dos debates. Bem diferente da postura autoritária das emissoras afiliadas à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), teleguiadas pela Rede Globo. Apesar das divergências, essa participação foi saudada pelos outros setores sociais presentes ao evento. Um dos pontos polêmicos foi sobre a chamada ?liberdade de expressão?. A pergunta que fica é se a deprimente declaração de Boris Casoy faz parte deste ?direito absoluto?, quase divino.
Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB - Partido Comunista do Brasil, autor do livro Sindicalismo, resistência e alternativas (Editora Anita Garibaldi)
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