Parceria.Proposta do Color+City é conectar quem quer pintar com quem tem espaços urbanos para doar
Lançada a menos de um mês, plataforma já soma mais de 340 cadastros no país
Sair da ilegalidade. Thiago Alvim pretende se cadastrar para conseguir pintar mais espaços em BH
Fumaça, poluição e muitos prédios são características de grandes metrópoles que acabam se tornando, predominantemente, cinzas. Porém, esse tom está prestes se transformar com a chegada de mais cores e desenhos vibrantes. Há menos de um ano, Gabriel Pinheiro e Victor Garcia idealizaram o projeto Color+City, que pretende conectar artistas e pessoas que se interessam por algum tipo de expressão urbana e que doariam seus muros para deixar as cidades mais alegres. Lançado a menos de um mês, o projeto já conta com mais de 213 muros reservados, 112 muros disponíveis e 22 muros pintados em todo o Brasil.
A ideia começou a sair do papel quando os entusiastas da arte urbana apresentaram a proposta do projeto à Flag – holding de empresas criativas -, que resolveu abraçar a ideia e buscar uma parceria com o Google.
Juntos, eles desenvolveram essa plataforma para conectar quem quer com quem vai colorir as cidades. “Começamos por São Paulo, mas essa é uma plataforma independente que poderá chegar a qualquer lugar do mundo. Por isso, o principal objetivo do projeto é tornar essa conexão mais rápida e democrática”, afirma Pinheiro.
Cadastro. Com um simples cadastro por intermédio de suas contas no Google+, os interessados em participar devem entrar no site e clicar em “Doar um espaço” ou “Quero pintar”. O serviço usa o Google Maps para mostrar onde existem muros disponíveis, reservados e já pintados. “Depois de o artista reservar o muro doado, o site automaticamente manda uma resposta conectando o dono do muro e o artista. Com isso, eles podem escolher os desenhos e combinar o que vai ser feito e quando”, conta Pinheiro.
Para a diretora da Flag, Luísa Bernardes, o projeto vai transformar as cidades em verdadeiras galerias a céu aberto. “A plataforma tenta fomentar isso em qualquer cidade. Levar mais arte para deixar o cotidiano mais leve”, disse.
O artista urbano Thiago Alvim, 24, pretende se cadastrar, porque vê no projeto uma oportunidade de conseguir espaços para pintar a sua arte fora da ilegalidade. “Toda metrópole tem um quê de fumaça, poluição, carro, motores, barulho. É um cenário meio caótico. Com certeza, o grafite faz uma transformação visual no dia a dia da cidade e das pessoas. Seja em um trabalho colorido ou em preto e branco a imagem quebra a rotina e dá uma enfeitada”, acredita.
FACILIDADES
Custos podem ser negociados
Um clique e alguns e-mails depois e um antigo projeto do grafiteiro Guilherme Matsumoto (Xguix), 26, irá ganhar vida. Logo no primeiro contato com a plataforma Color+City, Xguix já conseguiu encontrar um muro para expor a sua arte.
“Achar um espaço é complicado e as vezes a gente tem que bater de porta em porta. A plataforma funciona bem direitinho e logo quando entrei no site me interessei pelo muro. Já estou pensando em reservar outro espaço”, afirma.
O grafiteiro conta que, devido ao tamanho do espaço a ser pintado, em contato com o proprietário do muro, eles acabaram negociando o custeio da tinta.
Para o empresário paulista Estevam Romera, que doou o muro da agência de design gráfico para ser pintado, a experiência veio de encontro a uma busca que já durava mais de um ano e meio. “Desde que mudamos para esse endereço, queríamos um espaço para contar para as pessoas que tínhamos esse espaço disponível, mas faltava a ferramenta. Logo no mesmo dia em que me cadastrei recebi a proposta de três pessoas. A autorização é o principal benefício para os dois lados e especialmente para mim. Acho que esse tipo de trabalho valoriza a cidade trazendo mais cor”, conta Romera, que, daqui a quatro meses, pretende colocar o muro à disposição novamente. (LM)
Ideia valoriza grafite e dá possibilidades
Com vários projetos espalhados por Belo Horizonte e outras cidades do país, o artista urbano Thiago Alvim acredita que, em geral, falta qualidade nos desenhos. “Grande parte é pelo fato de os artistas terem que pintar rápido para não serem pegos. Com essas autorizações a quantidade de espaços pode aumentar e a arte pode ser mais valorizada”, diz.
Já uma das apoiadoras do Color+City vê para o projeto possibilidades que vão além dos artistas. “A ideia é que seja totalmente aberto. Pode acontecer, inclusive, de uma professora reservar um muro doado e levar uma turma de crianças para pintar. O que nós queremos é colocar mais cor na cidade e trazer mais alegria e diversão para a vida das pessoas”, afirma Luísa Bernardes.(LM)
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Lançada a menos de um mês, plataforma já soma mais de 340 cadastros no país
Sair da ilegalidade. Thiago Alvim pretende se cadastrar para conseguir pintar mais espaços em BH
Fumaça, poluição e muitos prédios são características de grandes metrópoles que acabam se tornando, predominantemente, cinzas. Porém, esse tom está prestes se transformar com a chegada de mais cores e desenhos vibrantes. Há menos de um ano, Gabriel Pinheiro e Victor Garcia idealizaram o projeto Color+City, que pretende conectar artistas e pessoas que se interessam por algum tipo de expressão urbana e que doariam seus muros para deixar as cidades mais alegres. Lançado a menos de um mês, o projeto já conta com mais de 213 muros reservados, 112 muros disponíveis e 22 muros pintados em todo o Brasil.
A ideia começou a sair do papel quando os entusiastas da arte urbana apresentaram a proposta do projeto à Flag – holding de empresas criativas -, que resolveu abraçar a ideia e buscar uma parceria com o Google.
Juntos, eles desenvolveram essa plataforma para conectar quem quer com quem vai colorir as cidades. “Começamos por São Paulo, mas essa é uma plataforma independente que poderá chegar a qualquer lugar do mundo. Por isso, o principal objetivo do projeto é tornar essa conexão mais rápida e democrática”, afirma Pinheiro.
Cadastro. Com um simples cadastro por intermédio de suas contas no Google+, os interessados em participar devem entrar no site e clicar em “Doar um espaço” ou “Quero pintar”. O serviço usa o Google Maps para mostrar onde existem muros disponíveis, reservados e já pintados. “Depois de o artista reservar o muro doado, o site automaticamente manda uma resposta conectando o dono do muro e o artista. Com isso, eles podem escolher os desenhos e combinar o que vai ser feito e quando”, conta Pinheiro.
Para a diretora da Flag, Luísa Bernardes, o projeto vai transformar as cidades em verdadeiras galerias a céu aberto. “A plataforma tenta fomentar isso em qualquer cidade. Levar mais arte para deixar o cotidiano mais leve”, disse.
O artista urbano Thiago Alvim, 24, pretende se cadastrar, porque vê no projeto uma oportunidade de conseguir espaços para pintar a sua arte fora da ilegalidade. “Toda metrópole tem um quê de fumaça, poluição, carro, motores, barulho. É um cenário meio caótico. Com certeza, o grafite faz uma transformação visual no dia a dia da cidade e das pessoas. Seja em um trabalho colorido ou em preto e branco a imagem quebra a rotina e dá uma enfeitada”, acredita.
FACILIDADES
Custos podem ser negociados
Um clique e alguns e-mails depois e um antigo projeto do grafiteiro Guilherme Matsumoto (Xguix), 26, irá ganhar vida. Logo no primeiro contato com a plataforma Color+City, Xguix já conseguiu encontrar um muro para expor a sua arte.
“Achar um espaço é complicado e as vezes a gente tem que bater de porta em porta. A plataforma funciona bem direitinho e logo quando entrei no site me interessei pelo muro. Já estou pensando em reservar outro espaço”, afirma.
O grafiteiro conta que, devido ao tamanho do espaço a ser pintado, em contato com o proprietário do muro, eles acabaram negociando o custeio da tinta.
Para o empresário paulista Estevam Romera, que doou o muro da agência de design gráfico para ser pintado, a experiência veio de encontro a uma busca que já durava mais de um ano e meio. “Desde que mudamos para esse endereço, queríamos um espaço para contar para as pessoas que tínhamos esse espaço disponível, mas faltava a ferramenta. Logo no mesmo dia em que me cadastrei recebi a proposta de três pessoas. A autorização é o principal benefício para os dois lados e especialmente para mim. Acho que esse tipo de trabalho valoriza a cidade trazendo mais cor”, conta Romera, que, daqui a quatro meses, pretende colocar o muro à disposição novamente. (LM)
Ideia valoriza grafite e dá possibilidades
Com vários projetos espalhados por Belo Horizonte e outras cidades do país, o artista urbano Thiago Alvim acredita que, em geral, falta qualidade nos desenhos. “Grande parte é pelo fato de os artistas terem que pintar rápido para não serem pegos. Com essas autorizações a quantidade de espaços pode aumentar e a arte pode ser mais valorizada”, diz.
Já uma das apoiadoras do Color+City vê para o projeto possibilidades que vão além dos artistas. “A ideia é que seja totalmente aberto. Pode acontecer, inclusive, de uma professora reservar um muro doado e levar uma turma de crianças para pintar. O que nós queremos é colocar mais cor na cidade e trazer mais alegria e diversão para a vida das pessoas”, afirma Luísa Bernardes.(LM)
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