Serafim: Do virtual ao real


_ Sergio pererêDepois do sucesso na internet, SERGIO PERERÊ faz shows e lança o disco Serafim em BH
Por: Ailton Magioli

Restrito até então à internet, onde foi lançado em outubro, Serafim, o quarto trabalho solo de Sergio Pererê, chega ao disco com direito a dois shows. Atração de hoje e amanhã, na Funarte MG, o cantor e compositor apresenta o repertório do CD e recebe convidados especiais: as cantoras Flor Bevacqua, da Argentina, e Carine Corrêa, belo-horizontina radicada em Brasília, o baixista e violonista Rafael Eloy e os filhos Imane, de 9 anos, e Rafael, de 14, nos vocais.
SERGIO PERERÊ
“É um disco muito misturado, que fiz em cerca de dois anos, com um pouco de cada uma de minhas tendências”, reconhece Pererê. Entre os amigos com os quais divide as faixas, Mestre Jonas (1976-2011), com quem gravou A quem quiser me ouvir, pouco antes de ele morrer, prematuramente. “Canto a quem quiser me ouvir/ E dividir comigo/ O que vem de tão longe/ Cada canção, cada poesia/ Cada nota do meu violão”, dizem os versos, cujo clima de partida emociona o autor ainda hoje.
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De volta ao estúdio para gravar novo disco, paralelamente à carreira teatral (Oratório – A saga de D. Quixote e Sancho Pança é o mais recente espetáculo que protagoniza ao lado de Maurício Tizumba, além de assinar a trilha), a partir de maio, Sergio Pererê excursionará pela Europa. “Vou fazer um CD mais enraizado, com música de percussão e voz que remete ao congado, à folia e ao candombe”, anuncia, lembrando que as composições autorais, inéditas, também passarão por ritmos brasileiros como maracatu, boi e ciranda.
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Um dos mais legítimos representantes da matriz africana na novíssima música feita no estado, aos 36 anos , Sergio Pererê já se tornou espécie de sensação para as cantoras. “Às vezes, tenho a impressão de estar mais velho por causa dos carinhos”, avalia o artista, lembrando que Titane, por exemplo, dedicou a ele mais de 80% do repertório do DVD que gravou. “Participo do DVD também mas, durante as apresentações ao vivo, ficava da coxia observando tudo, emocionado. A arte é muito generosa comigo. Sou muito novo e recebo muitas homenagens. Trata-se de uma graça divina”, acrescenta. Em Serafim, por meio do qual homenageia a mãe Serafina, Pererê vai do samba à bossa nova, com passagens pelas raízes afro-mineiras. “É uma celebração à amizade”, avalia o cantor e compositor, cujo timbre de voz rascante é responsável por um dos charmes do trabalho, paralelamente à elogiada criação autoral. O disco que chegou ao público pela internet teve faixas como Serafina tocadas no rádio. “Foi uma coisa interessante, porque na rede tudo anda um pouco mais rápido. De repente, ele atravessa o mundo e a gente começa a receber retorno de amigos e músicos que estão fora”, diz Pererê. “Ao mesmo tempo, o público começou a me cobrar o disco. Daí a ideia de trazê-lo agora”, acrescenta o artista, que fez tiragem de 1 mil cópias graças ao Prêmio Funarte.
SERGIO PERERÊ & CONVIDADOS
Show hoje e amanhã, às 21h, na Funarte MG, Rua Januária, 68, Floresta. Entrada franca mediante retirada do ingresso na bilheteria uma hora antes. O CD será vendido a R$ 20. Download: http://www.sergioperere.com.br.
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