O presidente da fundação cita como exemplo o tratamento dado à questão quilombola, que, segundo ele, ainda é muito restrito a um pequeno grupo de formadores de opinião.
''Uma parcela da sociedade ainda se recusa a reconhecer que este país foi escravocrata e os remanescentes dos quilombos são o espelho vivo do que foi a perseguição escravocrata no Brasil”, diz.
Segundo Araújo, há ainda a questão fundiária envolvida na luta para reconhecer as comunidades quilombolas. ''Juntou esse processo racista que ainda existe na sociedade brasileira com o conservadorismo da área fundiária, e se acaba negando o direito de acesso à terra destinado aos descendentes de quilombos'', acrescentou.
O presidente disse ainda que a cultura negra está muito inserida na sociedade brasileira, principalmente nos setores mais populares, fazendo com que a cultura negra se confunda com a cultura popular.
''As manifestações culturais não podem ter hierarquia, pois, na verdade, elas são apenas distintas. Não há a má cultura e a boa cultura, o que há são formas distintas de expressão'', diz.
Agência Brasil
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