Rap Sem Preconceito - Grupo Julgamento


Hoje à noite, Julgamento mostra canções do disco de estréia e revela influências da bossa nova e do pop
Janaina Cunha Melo
Rejane Ayres/divulgação
O grupo Julgamento é o convidado do Projeto Stereoteca
O grupo de rap Julgamento lança No foco do caos, hoje, no teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa. O show, que integra a programação do projeto Stereoteca, apresenta repertório do disco de estréia dos rappers. As bases eletrônicas são sofisticadas, ecléticas e as letras versam sobre temas variados, da crítica social a questões mais amenas, como o processo de criação dos músicos. A festa terá show de abertura do grupo Mente Fria, do Aglomerado da Serra.

Formado em 1999, o Julgamento passou por diferentes formações. Integram o grupo Roger Deff, Ricardo HD, Negro-S e Voz Khumalo (vocais), os DJs Giffoni e Tobias (picapes), Lúcio (baixo), Helton Resende (guitarra) e Gusmão (bateria). Os quatro MCs são também letristas, além dos três instrumentistas que participaram ativamente da construção do trabalho. No show, eles recebem convidados especiais como o veterano Dokttor Bhu (vocal) e Rodrigo Ianni (guitarra flamenca). “Esse disco está sendo feito há muito tempo. Demoramos pelo menos oito anos para definir repertório e finalizar as gravações. A participação dos convidados foi muito importante”, conta o MC Roger Deff.

O grupo tem material para iniciar o segundo trabalho e parte desse repertório de inéditas será apresentada hoje. Durante o processo de construção de No foco do caos, os rappers tiveram novas idéias que foram transformadas em canções. Em 2002, eles lançaram o single Fazendo o som, para divulgação em rádios comunitárias, e a partir dessa época o grupo se tornou conhecido na capital. Em 2006, o Julgamento participou da coletânea Conexão Telemig Celular, com a música Caos.

Apostando na diversidade de referências, eles revelam influências do pop internacional à bossa nova. Há 12 anos na cultura hip hop, Roger Deff defende o ecletismo como elemento importante. “Nosso grupo é misto, tem gente de várias regiões da cidade e de origens sociais diferentes. Não fazemos música para um tipo específico de público, mas para todo mundo que gosta de rap”, diz. Exploração da força de trabalho e valorização de sentimentos humanistas são a base das reflexões do grupo, que preserva a crítica, mas assume atitude positiva no discurso.

JULGAMENTO E MENTE FRIA

Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Praça da Liberdade, 21, Funcionários, (31) 3222-3242. Hoje, 20h30. Projeto Stereoteca. R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia-entrada).

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