Brasil não avançou nos direitos humanos


violenciapolicialnegro2A Anistia Internacional apresentou um relatório para criticar a violência policial e o desrespeito aos direitos humanos.
A organização aponta várias formas de violência no país: execuções sumárias pela polícia, esquadrões da morte, uso sistemático da tortura como meio de punição, investigação e extorsão, condições degradantes e superpopulação nos presídios, assassinatos e ameaças contra os que lutam pelo direito à terra, ataques a defensores de direitos humanos.

CIDADES- BELO HORIZONTE - MG - POLICIA MATA MORADOR DO AGLOMERADO DA SERRA APOS UMA SAIDINHA DE BANCO E MORADORES REVOLTADOS COLOCAM FOGO EM ONIBUS E JOGAM PEDRAS NA PM . FOTO JOAO MIRANDA / O TEMPO 26-11-12
Organizações não governamentais brasileiras concordam com a anistia internacional, que também denunciou discriminação. João Frederico dos Santos, da ONG Centro Santo Dias afirmou que “sabemos que a violência policial está voltada para as camadas da população mais vulnerável, os jovens, os negros e os pobres”.
A Anistia Internacional reconhece que nos últimos nove anos o Brasil fez alguma coisa: a lei específica para punir a tortura, o Plano Nacional de Direitos Humanos. Mas, apesar disso, segundo a Anistia, não há vontade política e investimento financeiro, por parte do governo federal e dos governos estaduais, para acabar com as violações e punir os responsáveis.”
O diretor da ONG Conectas concorda que o Brasil avançou, mas na retórica. Leis e projetos não saem do papel. E lembra o que mudou do regime militar para cá. “Hoje, política de violação dos direitos humanos não e política de Estado – o presidente não manda que isso aconteça, no entanto, as agências de Estado continuam em grande medida violando, principalmente as policiais estaduais”, afirmou Oscar Vilhena.
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A ministra da Casa Civil fez críticas ao relatório da anistia internacional. Dilma Roussef disse que “seria da minha parte incorreto seu não reconhecesse que temos grandes lacunas, e que elas vão ter que ser superadas. Daí a falar que fracassamos, vai uma diferença de ótica. Acho que o relatório tem uma ótica com a qual não compartilho”.





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