Para o tráfico, idade não conta


Aline Peres

Apesar de menos frequente que os jovens, o envolvimento de pessoas mais velhas no tráfico também acontece. Nos últimos meses, a imprensa noticiou vários casos em Saramandaia, no interior da Bahia. Em março, Laudelina Maciel de Jesus, 77 anos, foi presa como traficante. Ela estava com mais de 100 pedras de crack no bolso e disse que precisava sustentar quatro filhos e 20 netos, além de reformar a casa onde mora. Em casa, os policiais encontraram mais 33 pedras. Para cada 60 pedras vendidas, ela ganhava entre R$ 20 e R$ 40. Ela disse em depoimento que não usava a droga, mas já tinha sido presa em duas ocasiões. Há 18 anos, por porte de maconha. Na segunda, foi abordada quando chegava em casa com uma sacola de pedras de crack.

No dia 18 de abril, um homem de 66 anos foi preso com 28 kg de crack na cidade de Japaratuba, no interior de Sergipe. A droga estava escondida em um fundo falso do porta-malas do carro conduzido por Ari Castelain. A apreensão partiu de uma denúncia. Além da posse da droga, Castelain respondia a 56 processos e tinha 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra ele. Segundo o acusado, a droga seria levada para Alagoas.

Há dois meses, em Uberlândia (MG), Expedito Pereira da Silva, 63 anos, foi preso pela PM com 30 pedras de crack. O suspeito foi preso em um bairro da região norte da cidade. No local havia diversos usuários de drogas. O suspeito foi capturado depois de tentar se esconder em um matagal.

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