A gravidez entre adolescentes está caindo no Estado, segundo o governo. A diminuição foi de 34% em dez anos, e o número de meninas entre 10 e 19 anos grávidas pela segunda vez caiu à metade. É bom que o esforço dos programas de saúde estaduais esteja funcionando. Há desde terapia em grupo até a básica distribuição de camisinhas e anticoncepcionais.
Mas não pode parar por aí. Até porque uma das faixas de idade em que a gravidez cai menos é de 10 a 14 anos. São crianças que, muitas vezes, sofreram abusos sexuais. Para isso, não basta só cuidar da saúde, embora seja uma preocupação essencial. É preciso também colocar a polícia e a Justiça em ação para evitar as situações de abuso e punir agressores.
O número de adolescentes grávidas pode cair mais ainda. Os governos e a sociedade de todo o país têm que correr atrás disso. Uma menina grávida significa uma estudante a menos nas salas de aula, com mais dificuldades para encontrar um emprego e ainda tendo que sustentar uma criança. Nessas horas, a família toda sofre as consequências.
Uma pesquisa em Pernambuco mostrou que 78% das adolescentes que utilizaram pílula do dia seguinte não tomaram o medicamento do jeito certo. É um exemplo de que é preciso se comunicar melhor com esse público.
Os dados do governo paulista indicam que o Estado está no caminho certo, mas é preciso fazer mais para que o número de jovens tendo bebês sem nenhum tipo de planejamento continue a cair.
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