O grande receio dos especialistas é que haja a substituição das drogas
A matéria publicada na edição de ontem, 5a.feira (28/04) do O Povo tratando da circulação em algumas regiões do país de uma droga capaz de causar mais danos ao ser humano do que o crack é importante alerta às autoridades de saúde pública do Estado.
De acordo com a reportagem, o oxi, abreviação de oxidado, é a mistura de base de cocaína com querosene, cal e permanganato de potássio, que se inalada chega a atingir órgãos vitais como o pulmão.
As consequências seriam imediatas, com os consumidores apresentando os efeitos logo nos primeiros dias.
A droga estaria entrando no Brasil pelo Peru e pela Bolívia, já havendo relatos do seu uso em estados da Região Norte, além de Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Maranhão e Piauí.
Como o oxi é mais acessível do que o crack em termos de preço, e o potencial de vício maior e mais rápido, o grande receio de especialistas é que haja a substituição das drogas. Por conta disso as consequências seriam desastrosas, em vista do que acontece hoje em relação ao crack.
No Ceará, por enquanto, ainda não há registros da presença do oxi, como atesta a Delegacia de Narcóticos, o que não quer dizer que não esteja sendo consumido. E é justamente essa falta de informação que deve servir de alerta e aumentar a preocupação dos que lidam com a questão, pois muitas pessoas podem estar consumindo sem saber.
Segundo Osmar Diógenes, do Instituto Volta a Vida, a droga pode estar sendo vendida como crack, ou oferecida como se o fosse, sob a alegativa de que estaria faltando o primeiro produto no mercado.
Essa estratégia de substituição da droga não é nova e muitos usuários de maconha se tornaram dependentes do crack sob o argumento dos traficantes de falta da erva no mercado.
Infelizmente, se estamos vivendo uma epidemia do consumo de crack no País com seus efeitos desestabilizadores em vários níveis, é fundamental que não se perca a oportunidade de abordar esse risco nos fóruns que se apresentam.
Somente com a informação e a correta abordagem sobre os riscos será possível o combate efetivo.
Fonte: O Povo
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