CRÍTICAS À PM » Rapper
contesta polícia Detido sob acusação de
desacato, Emicida diz que não assinou o boletim em delegacia porque documento
distorce frase que usou em apresentação na noite de domingo, no Barreiro
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FRASES DIFERENTES
"Antes de mais nada, somos todos Eliana Silva, certo? Levanta o seu
dedo do meio para a polícia que desocupa as famílias mais humildes, levanta o
seu dedo do meio para os políticos que não respeitam a população e vem com
‘noiz’ nessa aqui, ó. Mandando todos eles se f*, certo, BH? A rua é 'noiz'
O QUE O RAPPER AFIRMA NO VÍDEO
***
"Eu apoio a invasão do terreno Eliana Silva, Região do Barreiro. Tem que invadir mesmo. Levantem o dedo do meio para cima e direcionem aos policiais, pois todos eles tem que se f*".
BOLETIM DE OCORRÊNCIA DA PM
O QUE O RAPPER AFIRMA NO VÍDEO
***
"Eu apoio a invasão do terreno Eliana Silva, Região do Barreiro. Tem que invadir mesmo. Levantem o dedo do meio para cima e direcionem aos policiais, pois todos eles tem que se f*".
BOLETIM DE OCORRÊNCIA DA PM
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Levado a uma delegacia da Polícia Civil na noite de domingo
sob acusação de desacato a militares e liberado duas horas depois, o rapper
paulista Emicida garantiu ontem que não assinou o boletim de ocorrência na
delegacia porque ele distorce a frase que usou durante a apresentação do
festival Palco Hip-Hop, na Avenida Afonso Vaz de Melo, no Barreiro, em Belo
Horizonte. Pouco antes de começar a cantar a música Dedo na ferida, Emicida
criticou a desocupação do acampamento de sem-teto conhecido como Eliana Silva,
na Vila Santa Rita, na vizinha Vila Santa Rita, que ocorreu sábado com forte
aparato policial, e gritou aos fãs que levantassem “o dedo do meio à polícia
que desocupa as famílias mais humildes e ao político que não respeita a
população”. Em seu blog oficial, o rapper explica que não assinou o documento,
o que é um direito de qualquer cidadão, por causa dessa diferença, e posta um
vídeo com o início da apresentação.
Emicida se apresentará novamente em BH no Festival Natura Musical, em 23 e 24 de junho e já tem data para retornar à capital e explicar à Justiça seu posicionamento: a audiência no Juizado Especial Criminal foi marcada para fevereiro de 2013. Ontem, o rapper voltou para São Paulo. Acompanhado do irmão e empresário Evandro Fioti, ele não quis comentar o caso. Ainda no aeroporto, Evandro disse que os policiais mentiram no boletim de ocorrência. “Foi um ataque à liberdade de expressão. Os policiais se sentiram atingidos, mas não precisavam ter levado a esse ponto. Eles mentiram para eles mesmos”, disse o empresário.
Segundo o advogado Élcio Pacheco, a PM interpretou de forma arbitrária a opinião do rapper. “Vivemos em um país democrático em que podemos emitir opiniões. Emicida criticou a instituição pelo aparato de guerra que usaram para retirar criancas e idosos com truculência do terreno invadido e eles ficaram melindrados. Se provassem a materialidade, não passaria do pagamento de uma cesta básica, mas os vídeos mostram que não foi isso o que ele disse”, afirmou o advogado, que levou o cantor à delegacia em seu carro, escoltado por uma viatura.
OFENSA Havia 60 militares no evento, segundo o comandante do 41º BPM, tenente-coronel José Geraldo Rodrigues. Muitos fazem parte do setor administrativo da unidade e reforçavam em escala extra o policiamento no show. O comandante explicou que os policiais se sentiram constrangidos e, como prevê a lei, conduziram a ocorrência de desacato.
“A interpretação jurídica mais simplória molda a conduta como desacato. Foi um ataque descabido. Suas músicas têm tom crítico, mas ele não precisa ofender as pessoas. Ele se dirigiu aos policiais ali presentes, insuflando o público a fazer gestos obscenos. É um direito dele se manifestar, mas em sociedade a gente precisa se colocar no lugar do outro. A PM tinha ordem judicial a cumprir. Acompanhei as negociações para a desocupação, que ocorreu sem afronta à dignidade humana. Ele pode até discordar da desocupação, mas não pode atacar ninguém com gestos obscenos, o que foi abominável. Por trás das fardas existem pessoas, pais de família ”, afirmou o comandante.
O termo circunstancial de ocorrência da delegacia ainda não chegou ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia. A pena prevista em caso de condenação é de seis meses a dois anos de reclusão e pagamento de multa, que pode ser convertida em serviço comunitário. O MP não vai comentar o caso até que o processo seja distribuído.
Emicida se apresentará novamente em BH no Festival Natura Musical, em 23 e 24 de junho e já tem data para retornar à capital e explicar à Justiça seu posicionamento: a audiência no Juizado Especial Criminal foi marcada para fevereiro de 2013. Ontem, o rapper voltou para São Paulo. Acompanhado do irmão e empresário Evandro Fioti, ele não quis comentar o caso. Ainda no aeroporto, Evandro disse que os policiais mentiram no boletim de ocorrência. “Foi um ataque à liberdade de expressão. Os policiais se sentiram atingidos, mas não precisavam ter levado a esse ponto. Eles mentiram para eles mesmos”, disse o empresário.
Segundo o advogado Élcio Pacheco, a PM interpretou de forma arbitrária a opinião do rapper. “Vivemos em um país democrático em que podemos emitir opiniões. Emicida criticou a instituição pelo aparato de guerra que usaram para retirar criancas e idosos com truculência do terreno invadido e eles ficaram melindrados. Se provassem a materialidade, não passaria do pagamento de uma cesta básica, mas os vídeos mostram que não foi isso o que ele disse”, afirmou o advogado, que levou o cantor à delegacia em seu carro, escoltado por uma viatura.
OFENSA Havia 60 militares no evento, segundo o comandante do 41º BPM, tenente-coronel José Geraldo Rodrigues. Muitos fazem parte do setor administrativo da unidade e reforçavam em escala extra o policiamento no show. O comandante explicou que os policiais se sentiram constrangidos e, como prevê a lei, conduziram a ocorrência de desacato.
“A interpretação jurídica mais simplória molda a conduta como desacato. Foi um ataque descabido. Suas músicas têm tom crítico, mas ele não precisa ofender as pessoas. Ele se dirigiu aos policiais ali presentes, insuflando o público a fazer gestos obscenos. É um direito dele se manifestar, mas em sociedade a gente precisa se colocar no lugar do outro. A PM tinha ordem judicial a cumprir. Acompanhei as negociações para a desocupação, que ocorreu sem afronta à dignidade humana. Ele pode até discordar da desocupação, mas não pode atacar ninguém com gestos obscenos, o que foi abominável. Por trás das fardas existem pessoas, pais de família ”, afirmou o comandante.
O termo circunstancial de ocorrência da delegacia ainda não chegou ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia. A pena prevista em caso de condenação é de seis meses a dois anos de reclusão e pagamento de multa, que pode ser convertida em serviço comunitário. O MP não vai comentar o caso até que o processo seja distribuído.
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Um comentário:
O sentido que faltava para o rapper lúdico justificar as tais perseguiçoes do sistema que nunca teve está ai agora, o que a sede pelo ibope não faz, ele não é nenhuma criança para saber no que essas ações dariam e não dá pra negar que isso serviu de tranpolim para sua popularidade em meio aos seus fãs do condominio.
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