Flavio Renegado: Arte e militância



O primeiro processo de globalização, segundo Flávio Renegado, teria surgido com a escravidão, quando os negros (escravizados) foram espalhados pelo mundo, via África. “Aí a cultura africana circulou mundo, transformando-se e retornando, posteriormente, a sua origem”, avalia o rapper, admitindo querer voltar ao berço da negritude para retribuir, como ele faz com o Alto Vera Cruz.

Depois de se afastar da militância sociocultural na comunidade em que sua música veio à tona, em 1997, quando criou uma banda, o rapper está de volta à diretoria cultural do Centro de Ação Comunitária do Alto Vera Cruz (CAC-AV), onde atuou de 1996 a 1998. “Não consigo me desvincular da militância comunitária, tão importante para mim quanto a carreira artística”, justifica, lembrando que como presidente do NUC, que ajudou a criar em 1997, ele tinha de estar presente no dia a dia da comunidade. Já no CAC-AV, ele lembra que pode contribuir articulando ações sem necessariamente ter de estar presente.

Atualmente, Renegado negocia a parceria de um jogador de futebol com a garotada do bairro, enquanto pela ONG A Rebeldia ele trabalha projeto de interação entre arte e esporte, além de geração de emprego e renda, na Vila Cruzeirinho, comunidade de 20 mil moradores localizada dentro do Alto Vera Cruz, hoje com cerca de 50 mil habitantes.
Por:Ailton Magioli
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