Grupo de jovens do RJ usa o teatro contra a discriminação



Um projeto coordenado pela organização não governamental Escola de Gente e criado por alunos de Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) está levando a todo o país reflexões sobre a necessidade de inclusão social nos ambientes de trabalho e escola.



Com esse objetivo, o grupo teatral Os Inclusos e os Sisos da Unirio faz em turnê nacional com a peça Ninguém mais vai ser bonzinho, que tem supervisão do dramaturgo Bosco Brasil.


O grupo leva reflexão para todos os espaços por onde passa e mobiliza as pessoas, no sentido de transformarem a cultura em um meio mais acessível para todos, relatou Danielle Basto, a representante da Escola de Gente na Rede Latino-americana de Arte para a Transformação Social (Avina).


“Mostramos para o público que existem formas de garantir a participação de todas as pessoas em um espetáculo teatral. Esse é um tipo de influência direta.”


A ONG garante o acesso para que mesmo as pessoas portadoras de deficiências também assistam ao espetáculo teatral. As apresentações contam com versões impressa, em braile (linguagem para deficientes visuais) e em meio digital, além de tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), legenda eletrônica e audiodescrição. A entrada é franca em todos os espetáculos.


Depois de Recife e Salvador, o grupo se prepara para participar, nos próximos dias 10 e 11, do Festival Internacional de Teatro de Londrina (PR). Em seguida, vai para o Rio de Janeiro, onde fará apresentações no Teatro Mário Lago, na Vila Kennedy; no Sesc de Niterói, no Instituto Benjamin Constant e na Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, a partir do dia 17.


A peça é inspirada no livro Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva, da jornalista e fundadora da ONG Escola de Gente - Comunicação em Inclusão, Claudia Werneck, que é também autora de outras 11 obras sobre inclusão, para crianças e adultos.


Para 2010, a Escola de Gente planeja um espetáculo voltado ao público infantil, além de capacitar jovens. Danielle Basto explicou que serão aceitos estudantes de artes cênicas de cursos livres e outras universidades, além da Unirio. “Formam os jovens no conceito de inclusão, contra qualquer tipo de discriminação ou preconceito, mas a partir de uma base teórica que eles já tenham.”


Agência Brasil

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