do clipping da Andi
Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, informa que uma em cada quatro adolescentes sexualmente ativas está contaminada pelo HPV, um vírus transmitido durante o ato sexual que pode causar câncer de colo de útero. O vírus foi detectado em meninas que tinham iniciado a vida sexual há apenas um ano. A porcentagem de infectadas sobe para 40%, quando chegam a cinco anos de atividade sexual.
Segundo o ginecologista Otto Baptista, as adolescentes estão iniciando sua vida sexual muito cedo, sem proteção e com uma grande variedade de parceiros. Como a doença demora a se manifestar, a pessoa continua a ter relações, multiplicando os casos. No Brasil, estima-se que 3% das mulheres infectadas pelo vírus HPV poderão desenvolver câncer de colo uterino. "Isso depende muito do estado imunológico do paciente. Algumas vezes, a doença só se manifesta na gravidez, mas a menina continua infectando os parceiros", ressalta o médico.
A infecção ataca a pele e as mucosas e pode causar corrimento e verrugas na região vaginal que podem demorar anos para aparecer, quando a doença já estiver muito grave. O tratamento é dolorido. É preciso usar ácidos e fazer cauterização, uma espécie de choque quente. Em estágio avançado é preciso amputar o colo do útero ou até retirar o órgão, o que leva à infertilidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo do útero é responsável por aproximadamente quatro mil mortes por ano no País. O tratamento é caro e demorado, composto por três doses de vacina que deve ser tomada em intervalos de seis meses. Elas custam R$ 400,00 cada uma e o uso é restrito a mulheres entre nove e 26 anos de idade, grupo no qual a eficácia do medicamento já foi comprovada.
Fonte: A Gazeta (ES), Elaine Vieira – 14/01/2009
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