do clipping da Andi
Segundo pesquisas divulgadas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), entre 1986 e 1996, dobrou o número de jovens que tiveram sua primeira relação sexual entre os 15 e os 19 anos.
Enquanto o número médio de filhos de mulheres adultas vem caindo há décadas, a taxa de fecundidade entre adolescentes está em crescimento constante. Anualmente, 14 milhões de adolescentes no mundo tornam-se mães e 10% dos abortos realizados são praticados por mulheres entre 15 e 19 anos.
No Brasil, o parto é a primeira causa de internação de adolescentes no sistema público de saúde. Em 2002, 18% das jovens com menos de 15 anos já tinham pelo menos um filho e de cada dez mulheres que hoje têm filhos, duas são adolescentes.
Os especialistas em adolescência alertam, de 1,1 milhão de meninas de 15 a 19 anos que dão à luz a cada ano no Brasil, cerca de 25% já são mães. O mais preocupante é que essas adolescentes afirmam que voltaram a engravidar sem querer. Ao contrário do que se imagina, isso não ocorre apenas entre as camadas sociais mais pobres.
Muitas jovens de classe média também integram o universo das grávidas reincidentes. Um misto de falta de informação e inconsequência é o principal motivo. Outra explicação aponta que os jovens são muito imediatistas. Ante a possibilidade de fazer sexo, sobretudo quando esperaram muito por isso, não pensam nas consequências: valem-se do desejo imediato, ignorando os resultados.
Fonte: Diário da Manhã (GO), Paulo Arantes – 17/01/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário