Manifestação contra o racismo reúne 2.500 em Moscou


AFP - Agence France-Presse


 (Alexey SAZONOV)


MOSCOU- Milhares de pessoas participaram neste domingo de um protesto no centro de Moscou contra a onda de violência étnica que assustou a capital russa este mês, após o assassinato de um torcedor de futebol.

"A Rússia está aberta a todos" era um dos slogans cantados pelos manifestantes, que carregavam cartazes com dizeres como "Rússia sem fascismo, Rússia sem nazismo" enquanto marchavam pela praça Puchkin, a poucos metros do Kremlin.

O líder oposicionista Vladimir Ryzhkov e o governador liberal da região de Kirov, Nikita Belykh, compareceram ao ato público, que contou com a presença de aproximadamente 2.500 pessoas. "Acho que o conflito em Moscou tem sido provocado por toda a podridão que se acumulou em nossa sociedade, e que apenas agora está vindo à tona", estimou Viktor Shenderovich, popular radialista russo, citado pelo site do jornal RBC Daily. Ele também participou do protesto.

A polícia afirma que o racismo é a provável causa da onda de ataques contra minorias étnicas da Ásia central e de ex-repúblicas soviéticas de população predominantemente muçulmana. Em um dos casos mais violentos, um garoto de 14 anos foi preso sob suspeita de ter assassinado um cidadão quirguiz por motivações racistas.

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