Crianças dependentes de crack contraem DST


A explosão do consumo do crack por meninas e meninos no Rio de Janeiro gerou um problema que está alarmando autoridades e especialistas em saúde pública: a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids entre crianças e adolescentes, principalmente nas chamadas "cracolândias". Segundo o diretor do Centro Municipal de Saúde Oswaldo Cruz, Paulo Roberto Machado, pelo menos 20% dos pacientes com sífilis ou gonorreia atendidos no local são crianças ou adolescentes.

Já o médico da Coordenadoria de Saúde da Área Programática (AP) 3.3, José Alberto Moraes, que abrange postos de saúde em 29 bairros, diz que a promiscuidade do dependente químico favorece a contaminação. “Não há dúvida de que a exploração sexual infanto-juvenil culmina com o aumento do consumo de drogas e das DSTs", alerta. Conforme o secretário municipal de Assistência Social (SMAS), Fernando William, 90% dos jovens que estão em situação de rua usam crack. “Infelizmente, essa é uma das formas que estão usando para conseguir dinheiro e manter o vício", revela. Em 2007, a Secretaria mapeou 15 áreas da capital fluminense onde os adolescentes faziam sexo em troca de dinheiro e drogas.

O Dia (RJ) – 09/04/2009

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