O vestibular na berlinda

Cerca de 1,5 milhão de jovens ingressarão este ano em alguma universidade

Sueli Baliza - Reitora do Centro Universitário UNI-BH


A sociedade brasileira acompanha, com expectativa e satisfação, as notícias acerca do vestibular unificado, que está sendo implantado de norte a sul do país pelas universidades federais. Quando o assunto é vestibular, falamos de um grande contingente, principalmente de jovens, cerca de 5 milhões de candidatos que, este ano, sonham com uma vaga no ensino superior em todo o Brasil. Calcula-se que 1,5 milhão de jovens conseguirão ingressar numa universidade, em algum ponto do país.

O primeiro vestibular brasileiro data de 1911, quando uma lei determinou que os exames de seleção passassem a ser realizados pelas próprias faculdades, em vez das escolas de ensino médio, como ocorria até então. De lá para cá, o vestibular sofreu modificações, mas a primeira grande mudança deu-se nos anos 1990, com o crescimento do número de instituições de ensino superior e o consequente aumento da oferta de vagas em todo o país.

A segunda grande mudança acontece agora, com a implantação do vestibular unificado, movimento compartilhado também por algumas instituições privadas de muitos Estados brasileiros, que se lançam nesse desafio proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Calcula-se que 25% das escolas privadas de todo o país devem aderir ao processo unificado. Em Minas Gerais, estado que está sempre na vanguarda dos debates educacionais, três instituições privadas de ensino superior (UNI-BH, UNA e Faculdade de Ciências Médicas) se alinharam aos desafios propostos pelo MEC e resolveram também unificar seus vestibulares. Trata-se de um processo pioneiro em nossa terra, sem precedentes na história dos vestibulares mineiros.

Claro que existem muitas barreiras a serem vencidas, mas são óbvios os benefícios aos candidatos: uma única prova, num único dia, com o pagamento de uma única taxa de inscrição. Além disso, o candidato pode contar com a força, a seriedade e a competência de três instituições de renome em Minas, que primam pela qualidade da educação oferecida.

São grandes os números que envolvem o primeiro vestibular unificado privado de Minas Gerais: mais de 90 cursos oferecidos, cerca de 31 mil alunos matriculados, mais de 1,7 mil professores. Certamente, esse vestibular se tornará referência na história educacional mineira. Muitos pesquisadores têm afirmado que, no futuro, ninguém sobreviverá sozinho. Podemos compactuar com esse pensamento e dizer que, também na educação, é preciso unir forças, quebrar paradigmas e lutarmos em prol do bem comum, que é um ensino superior de qualidade, alinhado às práticas educacionais mais modernas.

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