Polícia Federal apreende material neonazista em Belo Horizonte




BELO HORIZONTE E SÃO PAULO - A Polícia Federal apreendeu material de conteúdo racista e neonazista na manhã desta sexta-feira, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o delegado responsável pelo caso, as denúncias foram encaminhadas por usuários de sites de relacionamento na internet.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na operação batizada de "Opa", três em Belo Horizonte e um e Contagem. Segundo a polícia, nos locais havia muito material impresso e arquivos de computador. Tudo foi levado para a sede da Polícia Federal em Belo Horizonte.

Quatro pessoas vão responder a processo na Justiça Federal por crime de ódio e preconceito. Se forem condenados, a pena prevista é de dois a cinco anos de prisão, além de multa.

Em abril passado, o jovem Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, morador de Minas Gerais, foi morto no Paraná ao lado da namorada, Renata Waechter Ferreira, de 21 anos. Segundo a polícia do Paraná, que investigou o crime, Dayrell foi morto a mando de um economista de São Paulo, Ricardo Barollo. A polícia de São Paulo acusa Barollo de integrar um grupo neonazista armado. Armas compradas pelo grupo foram apreendidas também no Rio Grande do Sul, onde a polícia estima que moram pelo menos 50 integrantes do movimento neonazista. No total seis pessoas foram presas pela morte dos jovens, incluindo Barollo.

Grupos neonazistas são acusados de comprar armas na Argentina e a eles são atribuídas pelo menos 10 mortes em dois meses , que estão sendo investigadas.

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