O periódico se refere a uma reportagem ainda não publicada da organização Reprieve, na qual se afirma que os detidos são interrogados a bordo das naves e logo em seguida enviados a centros de encarceramento em diferentes países.
Entre os barcos militares empregados nessa tarefa se encontram os USS Bataan, USS Ashland e USS Peleliu e alguns deles operam ao redor da ilha de Diego Garcia, uma possessão inglesa no Oceano Índico.
Há três meses, o chanceler britânico, David Milband, admitiu que nesse território aterrisaram aviões americanos, que trasladavam prisioneiros para a base naval de Guantânamo.
A informação sobre os cárceres flutuantes surgiu de diversas fontes, entre elas militares americanos, o Conselho de Europa, parlamentares e os próprios prisioneiros.
O documento da Reprieve será publicado este ano e também identifica mais de 200 novos casos de tráfego de presos ocorridos em 2006, apesar da declaração do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sobre a suspensão dessa prática.
De acordo com o diretor legal da Reprieve, Clive Stafford Smith, os americanos escolheram os barcos para tratar de manter suas ações o mais longe possível da vista de advogados e jornalistas.
Entretanto, sublinhou que, segundo relatos do próprio governo estadunidense, atualmente existem pelo menos 26 mil pessoas reclusas em prisões secretas e que até o momente cerca de 80 mil já teriam passado por esse sistema desde o ano de 2001.
O Guardian relata também declarações do porta-voz da marinha dos Estados Unidos, Jeffrey Gordon, que negou a existência de condições para detidos nos barcos.
No entanto, aceitou que algumas pessoas tenham sido levadas a bordo por poucos dias, os quais denominou "dias iniciais da detenção".
Agência Prensa Latina
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