Integrantes da ONU são acusados de abusar sexualmente de crianças
do clipping da Andi
A organização não governamental britânica Save The Children acusou integrantes de forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e funcionários de agências humanitárias de abusarem sexualmente de crianças a partir de 6 anos.
No relatório No one to turn to (Ninguém a recorrer), a ONG revela casos que ocorreram na Costa do Marfim, no Sudão e no Haiti. Neste último, a Força de Paz é liderada pelo Brasil.
Para compor o documento, foram entrevistadas 250 crianças com idades entre 6 e 17 anos e realizadas pesquisas estatísticas. As vítimas são de ambos os sexos e a maioria dos casos refere-se a adolescentes de 14 e 15 anos.
Entre as acusações relatadas há estupro, prostituição infantil, escravidão sexual, pornografia, troca de sexo por comida, tráfico de crianças para fins sexuais e exposição a indecências. Os soldados da ONU são identificados como os agressores mais prováveis.
As testemunhas relacionaram 23 ONGs e organizações humanitárias nas entrevistas. “Os que cometem abusos podem ser encontrados em todo tipo de organização de paz e segurança, entre funcionários de todos os níveis e entre trabalhadores recrutados local e internacionalmente. As tropas de paz da ONU são uma fonte particular do abuso em várias localidades”, atesta o documento.
Segundo a autora do levantamento, Carina Charky, as crianças não denunciam por medo de represálias. O comandante da Força de Paz da ONU no Haiti, general Carlos Alberto, pediu que a ONG envie detalhes e afirmou que só a partir de dados concretos pode abrir inquéritos e punir responsáveis.
Fonte: Correio Braziliense (DF); O Globo (RJ), Marília Martins, Jaílton de Carvalho; Estado de Minas; Jornal de Brasília – (28/05)
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