Sentidos da IV Marcha da Consciência Negra


Uma luta travada desde que o primeiro navio negreiro aportou no continente americano

Glauciana Souza

fotos: Gal

Neste 20 de novembro, diversas organizações da sociedade civil, movimentos sociais e partidos políticos se uniram a uma luta histórica e internacional que vem sendo travada desde que o primeiro navio negreiro aportou no continente americano: rememoramos Zumbi dos Palmares, Acotirene e todos/as que lutaram pela liberdade e contra a opressão.

Celebramos a ancestralidade que os invasores não conseguiram matar e saudamos os orixás.

Juntaram-se as negras e aos negros os militantes do Comitê Prisioneiros de Consciência (P.O.C.C), entre eles Fred Hampton Jr, filho do ativista do Partido dos Panteras Negras, Fred Hampton, assassinado em 4 de dezembro de 1969. Hampton Jr. afirmou que mantêm vivo o legado deixado por seu pai: conscientização e empoderamento negro nos Estados Unidos e no mundo.

A manifestação saiu da avenida Paulista e os participantes caminharam até o centro velho de São Paulo. O ponto de chegada da Marcha nos fez lembrar que há quase 30 anos, no mesmo local, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, foi fundado o Movimento Negro Unificado (MNU), durante ato que denunciava a morte de um trabalhador negro, assassinado por um policial. Sentimentos que impulsionam o agir, que fortalece a luta anti-racista no Brasil e no mundo.

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Concentração no vão do MASP
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Fred Hampton Jr

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