Homenagem do poeta João da Cruz Ramos Filho ao Dia Nacional da Consciência Negra
Foto: JCRamos no FSM 2007, em Nairóbi
Qual é a cor da tua cor?
O silêncio às vezes impressiona muito mais que um grito. Em contrapartida, quantas vezes um sorriso é muito mais triste que uma lágrima!...
Só as tuas próprias nuanças conseguirão definir as cores que te serão prediletas.
Mas qual é a cor da tua cor?
Quando encaras o mundo a cavaleiro, como sociólogo, governante, empresário, trabalhador, professor, drogado, índio, sem-terra, prostituído, negro, miserável, poeta, político, desempregado, ministro, juiz, jornalista ou intelectual. Talvez seja quando tu percebes que existem maiorias que sempre serão minorias. Mesmo que se unam, a falta natural de ordem as deixará em crise individual, vulnerável para qualquer confronto, tanto que se mudam os conceitos.
Para a sociedade, deve ser mais confortável falar “excluídos do Sistema” do que “maioria discriminada pelo Sistema”. Mas, com certeza, a tua cor pode ser a cor do pecado, da fome, do relento, da inanição, da mortandade infantil, da insegurança.
A tua cor pode ter a cor da irresponsabilidade, do egoísmo, da corrupção, do desrespeito para com o semelhante, do descompromisso com os problemas que assolam a comunidade que te cerca, bem como da tua Pátria e por que não dizer do mundo. Mas quero desejar que olhes para dentro de ti mesmo e consigas escolher bem tuas, nuanças, e que a tua cor possa ter a cor da saúde, da alegria do altruísmo, da solidariedade e da paz; para que, em futuro bem próximo, todos possamos optar por uma única cor:
A COR DA IGUALDADE.
J.C.RAMOS FILHO Homenagem ao dia “Nacional da Consciência Negra” Poeta - Membro da Academia Itajaiense de Letras Sociedade Escritores de Blumenau Cônsul de Poetas Del Mundo em Itajaí-SC Idealizador da Camisinha Poética. www.jcramos.com.br
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