'Grafitar' com tricô vira mania em diversos países


Foto: KnittaPlease

O ônibus foi o projeto mais ousado de um dos grupos

Um movimento criado nos Estados Unidos vem ganhando adeptos ao redor do mundo: o de cobrir propriedades públicas com tricô.

Os grupos já "embrulharam" árvores, corrimãos, postes de luz, hidrantes, semáforos e outras estruturas públicas com tricô.

Chamado de Yarn Bombing (Bombardeio de novelos, em tradução livre), o movimento começou com a americana Magda Sayeg há três anos em Houston, no Texas.

Sayeg cobriu o trinco da porta de sua loja de roupas com tricô e chamou a atenção do público. O interesse pelo detalhe de tricô a inspirou para criar o grupo KnittaPlease e reunir interessados no mesmo tipo de trabalho manual.

"A idéia é bombardear a cidade com trabalhos de arte tricotados e vibrantes, embrulhar com tricô coisas simples, como uma garrafa de cerveja a monumentos públicos e estruturas urbanas", disse Sayeg.

Sayeg criou um website para publicar fotos dos monumentos e objetos cobertos com o tricô e formou a base para outros grupos também publicarem os objetos tricotados ao redor do mundo.

O movimento já se espalhou por países como Holanda, Suécia, Finlândia, Canadá, China, Austrália e Grã-Bretanha.

Ousadia

Foto: KnittaPlease

A idéia é interferir na paisagem urbana

Um dos projetos mais ousados já realizados por Sayeg foi cobrir um ônibus com tricô.

Segundo ela, o trabalho levou uma semana e contou com dezenas de voluntários.

"Usamos agulhas bem grossas e dezenas de novelos para cobrir o veículo todo", disse ela.

Ela diz que o movimento é uma forma de "grafitti", mas com lã.

"Usar o tricô como forma de grafitti é um fenômeno interessante e não há outro hobby melhor do que esse", disse ela.

No Canadá, um livro sobre o movimento está previsto para ser publicado até o final deste ano.

Yarnbombing: The Art of Knit Graffiti (Yarnbombing: A Arte do Grafitti de tricô), de Mandy Moore and Leanne Prain, vai trazer fotos e a história dos primeiros grupos do movimento.

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