Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali viram adolescentes e entram na onda dos mangás
Marcello Castilho Avellar |
| Fotos: Maurício De Souza/Divulgação | | Os personagens Mônica e Cebolinha ganharam novo visual | Maurício de Sousa prometeu, Maurício de Sousa cumpriu: os fãs da turma da Mônica já podem encontrar, nas bancas, a versão adolescente dos mais amados heróis dos quadrinhos brasileiros. O primeiro volume de Turma da Mônica jovem foi lançado com preço promocional (R$ 5,90, R$ 0,50 a menos do que será cobrado pelas próximas edições) e mostra Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Franjinha e o Anjinho – muitas vezes com novos nomes ou apelidos – às voltas com um antigo inimigo, o Capitão Feio. Turma da Mônica jovem busca solução para dois problemas levantados por sua própria proposta. Primeiro, como produzir a identidade entre as versões adolescentes das personagens e as crianças que conhecemos há décadas. Segundo, como produzir interesse no público adolescente, obviamente o mercado consumidor cobiçado pela nova série. Entre as respostas que Maurício de Sousa e sua equipe estão investigando, há as que solucionam tais questões, enquanto outras apenas empurram os problemas para mais adiante. | Maurício de Souza busca novos mercados |
Em relação à primeira questão, Maurício joga com a possibilidade de choque entre identidades visuais e transformações: algo permanece em relação à personagem, algo muda, as duas coisas intimamente ligadas. Tomemos como exemplo os cabelos do Cebolinha. Eles cresceram, o que é uma transformação significativa em nosso olhar sobre a personagem. Mas cresceram em tufos que evocam as cinco pontas que sempre associamos a ela. Mônica é uma jovem moderninha – mas guarda, como lembrança, um dos vestidinhos vermelhos que usava quando menina. Para a conquista do público, a estratégia mais ostensiva é a aproximação com a atual coqueluche dos quadrinhos internacionais, o mangá. A capa de Turma da Mônica jovem traz um selo que diz “em estilo mangá”. É meia-verdade apenas. A revista se apropria de elementos que associamos ao mangá, como as imagens boquiabertas e de olhos arregalados quando as personagens ficam furiosas ou perplexas. Mas, essencialmente, tem a lógica das revistas de Maurício de Sousa, tanto na narrativa quanto na concepção das imagens. | |
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