Walter Sebastião - EM Cultura
“O mais divertido é observar a velocidade de raciocínio e a capacidade de improvisar as rimas”, conta Pedro Valentim, de 25 anos, o MC PDR. Cada participante tem 45 segundos para exibir sua perícia. “Essa arte cobra agilidade, concentração, malícia e principalmente carisma para conquistar a plateia. Se o participante é antenado, conhece o assunto apresentado”, completa. PDR esclarece: o MC é “personagem clássico” da cultura hip-hop, “a linha de frente do movimento”. Usa a voz para transmitir mensagens, informações e fazer a mediação entre artistas e o público. Pedro Valentim compara os MCs aos repentistas, que, de pandeiro na mão, encantam o público com seus versos. Se alguns MCs trabalham com intuição e alma, outros são fãs de literatura. Mas o essencial é ter feeling. “Depois, é ato de coragem louvável alguém subir no palco, pegar o microfone e falar coisas que não trouxe escritas de casa”, completa. O coletivo Família de Rua, promotor do evento, vem fazendo duelos desde 2007. Pedro Valentim explica que, mesmo quando o duelo tem formato mais agressivo, os participantes confraternizam depois da disputa. O grupo do qual ele faz parte quer virar associação para incentivar a arte de rua. “É nossa contribuição para a vida cultural de Belo Horizonte, mas sem sisudez. A cultura hip hop nasceu no meio do povo e é do povo”, conclui o MC. DUELO DE CONHECIMENTO Rap, improvisação, intervenções de grafite, roda de b-boys. Hoje, a partir das 20h30, debaixo do viaduto de Santa Tereza. Entrada franca. |
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