Pais integrados à escola


Professor defende pais integrados à escola


Geraldo Edson Gonçalves (Edinho) - Paracatu-MG

“A escola hoje é um instrumento, principal, primordial. Para funcionar, precisa de três pilares: ela própria, a família e os professores. Não podemos, no mundo globalizado, esquecer que são muitas as fontes de informação e que a família precisa definir sua proposta pedagógica – um passo importante. Precisa decidir qual a formação desejada para seus filhos e escolher a escola que também tenha uma proposta na mesma direção, para que possam falar a mesma linguagem, filtrando o que de bom há para assimilar dos meios de comunicação. É preciso haver sintonia entre a proposta da família e a proposta da escola. Por quê? A proposta da família deve se unificar com a da escola. Só que esta tem alguns deveres com o aluno e a família continua com os deveres com o filho, duas coisas diferentes que deságuam no mesmo córrego, com a família acaba sendo também o aluno. Ela tem que participar da vida da escola do aluno, não pode deixar de participar, sendo isso muito importante para o sucesso do aluno; tem que ir à escola, não por obrigação, mas para contribuir prazerosamente e para ajudar a enriquecer o currículo, colaborando naquilo que as coisas possam se desviar do leito correto: a escola com suas atribuições e a família com outras. Contudo, as duas têm que sentar e andar juntas. A escola trabalha os valores – do respeito, do limite, da assiduidade e todas as proposições de boas maneiras, de solidariedade, de justiça e de paz – na sua proposta e a família, também. A escola tem que falar desses princípios, a família também. A família não pode mais deixar de dar o exemplo para seu filho. Se a escola fala de uma proposta, a família deve fazê-lo da mesma proposta, querer que essa proposta seja vital. É importante perceber que se educa pelo exemplo. Você não pode dizer uma coisa, ou a escola dizer uma coisa para o seu filho, e você fazer exatamente o contrário. Pede a ele para não jogar papel no chão, e ele joga. Às vezes, manda praticar a leitura e ele não lê, manda ir à missa e ele não vai. Insiste que o filho faça a primeira comunhão, mas o pai nunca foi à missa, nunca levou o seu filho à igreja. O ideal seria se ele, os irmãos, a mãe, fossem à missa, porque aquele exemplo vale mais que o curso de primeira comunhão que ele fez. A escola precisa ter um ambiente saudável, com as pessoas responsáveis pela instituição presentes nela, os pais também, para que tudo seja visto não de forma isolada, mas de uma forma humana. Há que se buscar uma solução viável para trazer a comunidade e a família para a vida escolar; instituírem-se eleições para a escolha de diretores, como ocorre nas escolas estaduais, para que a comunidade participe diretamente na escolha de quem vai lidar com a educação de seus filhos. Por sua vez, valores são valores em qualquer lugar, dentro ou fora da escola; diferentemente, não dá certo. Não existe isso. Então, família é o sustentáculo, a base de tudo; a escola é o meio e o instrumento. Formar um aluno é trabalhoso demais, e ninguém tem regra infalível para isso. Não tem pai bom, nem escola boa; juntos é que construímos o aluno para a vida. Não é fácil, mas mais difícil será se as famílias permanecerem à margem dos problemas que afligem o
ambiente escolar.”

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