Para gêmeos da UnB, sistema é uma "furada"


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

René de Souza, 32, negro, tentou entrar na UnB por quatro anos. "Por ter feito o ensino médio em escola pública, eu tenho o direito de fazer escola pública", diz, ao justificar o fato de somente no ano passado ter se candidatado a ingressar em uma universidade particular por meio do Prouni.
Mas também pelo programa do governo federal ele não conseguiu passar, porque, para entrar nas universidades privadas que escolheu -instituições prestigiadas de Brasília-, precisaria ter tido uma nota maior do que a que obteve no Enem.
René defende o sistema de cotas, diferentemente dos irmãos gêmeos Alan e Alex Teixeira da Cunha, 19. No ano passado, eles protagonizaram uma polêmica quando apenas um deles foi considerado negro pela UnB, que depois reviu sua decisão.
Alan, que, como seu irmão, fez escola particular, hoje estuda educação física na universidade. Diz que tirou a melhor nota entre os cotistas do curso e que seria aprovado de qualquer maneira. "Essa história mostrou que é uma furada."

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