Centenário oculto: Machado e Cartola cidadãos


por Diorge Alceno Konrad*

''Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!'' (Machado de Assis)

''Queixo-me às rosas, mas que bobagem as rosas não falam'' (Cartola)

''Machado encontrou Cartola e falou: o Rio que você viveu eu escrevi
Cartola de pronto respondeu: o Rio da sua pena eu sofri.'' (Diorge Konrad, em homenagem aos dois gênios das letras brasileiras)



Entre setembro e outubro de 2008 temos o centenário da morte de Joaquim Maria Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho, e o nascimento de Angenor de Oliveira, o Cartola. Também os vinte anos da Constituição cidadã, aquela que carimbou o Estado burguês democrático de direito, após longos anos de Ditadura Civil-Militar, em 1988.

Em outras áreas, como o futebol, é fácil a triangulação de três grandes: entre Garrincha, Pelé e Didi, o resultado foi a Copa Mundial de 1958 (que, aliás, completa seu cinqüentenário); com Pelé, Pepe e Coutinho, o Santos foi campeão da Copa Intercontinental de 1962-3; entre Valdomiro, Dario e Lula veio o bi-brasileiro para o Inter de Porto Alegre, em 1976; com Zico, Tita e Nunes, o Flamengo foi campeão mundial de 1981. Os exemplos seriam infinitos.

Na síntese do processo histórico uma relação desse tipo corre sempre o risco de conter anacronismos. O que Machado de Assis, Cartola e a Constituição de 1988 têm em comum, senão a efeméride de 2008? Numa primeira relação, por exemplo, juntar a eles os 200 anos do Banco do Brasil, fecharia apenas um quarteto de comemorações. Porém, a grande questão que une estes três e que aqui nos interessa é a luta pela construção de uma concepção de cidadania no Brasil.

Machado e o Brasil entre a Monarquia e a República

Quatro anos antes de morrer, Machado de Assis escreveu Esaú e Jacó. Nele, o fundo da história/estória é a transição da Monarquia para a República. Numa narrativa que impressiona pelo realismo, o autor fala do Conselheiro Aires (como se fosse o próprio), um poderoso da época que se relaciona com Natividade, mãe dos gêmeos Pedro e Paulo, mostrados dialeticamente como iguais que são opostos e concorrentes, pois discordam na política e nas suas vidas, mas cortejam a mesma mulher, Flora.

O historiador Elio Chaves Flores, ao abordar Esaú e Jacó, a fim de relacionar a cultura política com a coisa pública no início da República, considera que os personagens ambíguos Pedro, o monarquista que vai tornando-se republicano, e Paulo, o republicano radical que vacila diante da forma como a tradição republicana vai se consolidando no Brasil, são fontes e testemunho histórico de como no Brasil se consolidou uma “república oligárquica com cidadania exclusiva para os grandes proprietários, os barões do café e os coronéis, com seus vastos domínios privados”.[1]

As passagens críticas de Machado de Assis em seu romance são variadas. Mas um exemplo significativo está no capítulo 39 – Um gatuno. Machado parece relatar uma cena atual do cotidiano carioca, envolvendo o Conselheiro Aires:

“Chegaram ao Largo da Carioca, apearam-se e despediram-se; ela entrou pela Rua Gonçalves Dias, ele enfiou pela da Carioca. No meio desta, Aires encontrou um magote de gente parada, logo depois andando em direção ao largo. Aires quis arrepiar caminho, não de medo, mas de horror. Tinha horror à multidão. Viu que a gente era pouca, cinqüenta ou sessenta pessoas, e ouviu que bradava contra a prisão de um homem. Entrou num corredor, à espera que o magote passasse. Duas praças de polícia traziam o preso pelo braço. De quando em quando, este resistia, e então era preciso arrastá-lo ou forçá-lo por outro método. Tratava-se, ao que parece, do furto de uma carteira.

—Não furtei nada! — bradava o preso detendo o passo. É falso! Larguem-me! sou um cidadão livre! Protesto! protesto!

—Siga para a estação!

—Não sigo!

—Não siga! bradava a gente anônima. Não siga! não siga!

Uma das praças quis convencer a multidão que era verdade, que o sujeito furtara uma carteira, e o desassossego pareceu minorar um pouco; mas, indo a praça a andar com a outra e o preso, — cada uma pegando-lhe um dos braços, a multidão recomeçou a bradar contra a violência. O preso sentiu-se animado, e ora lastimoso, ora agressivo, convidava a defesa. Foi então que a outra praça desembainhou a espada para fazer um claro. A gente voou, não airosamente, como a andorinha ou a pomba, em busca do ninho ou do alimento, voou de atropelo, pula aqui, pula ali, pula acolá, para todos os lados. A espada entrou na bainha, e o preso seguiu com as praças. Mas logo os peitos tomaram vingança das pernas, e um clamor ingente, largo, desafrontando, encheu a rua e a alma do preso. A multidão fez-se outra vez compacta e caminhou para a estação policial. Aires seguiu caminho.

A vozeira morreu pouco a pouco, e Aires entrou na Secretaria do Império”.[2]

Esta passagem não é o centro do romance, mas nos mostra uma cena social comum do Brasil, seja do século 19, seja da atualidade. Repressão, exclusão e falta de cidadania, na qual a igualdade social e a liberdade política são substituídas pela ordem.

Em Esaú e Jacó, uma das obras mais políticas de Machado de Assis, o autor se ocupa do período de 1855 a 1890. Pois, foi em boa parte desta fase histórica que o escritor viveu.

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, que morreu muito cedo, sendo ele criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata. Foi Maria Inês que o matriculou na escola pública, única que freqüentará, pois a grande característica do escritor foi ser um autodidata.

Criado no morro do Livramento, foi vendedor de doces e é até provável que assistisse às aulas enquanto não estivesse trabalhando. Enfim, a realidade da maioria dos Jovens trabalhadores e estudantes do Brasil de hoje. Mas com uma diferença, estamos tratando do Brasil imperial e escravista, quando mulatos sofriam tanto ou mais preconceitos que os negros.

Com 17 anos, conseguiu emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, passando a escrever durante o tempo livre. Ali conhece Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias e diretor do órgão, que se torna seu protetor. Um ano antes já havia publicado seu primeiro trabalho literário, o poema Ela, na revista Marmota Fluminense.

A partir dali começa a ter uma produção literária, artística e jornalística intensa, até seu primeiro romance, Ressurreição, publicado em 1872. Nessa época se torna primeiro oficial do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, carreira burocrática que seguirá até o resto de sua vida, dando-lhe o sustento para a produção de A mão e a luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), entre poesias, contos e peças teatrais.[3]

Cartola na República dos Excluídos

Cássio Schubsky, aliás, já disse que “Machado de Assis e Cartola, em artes distintas, têm em comum a origem humilde e o autodidatismo radical - não freqüentaram escolas ou as freqüentaram muito pouco. Apesar disso, se destacam pela elevada qualidade artística no manejo da palavra”.[4]

Com Cartola, vemos o exemplo tardio do reconhecimento da poesia e das composições do samba oriundas dos morros cariocas. Justamente naqueles lugares destinados aos cariocas excluídos da República brasileira, quando o higienismo e o eurocentrismo “limparam” o centro do Rio de Janeiro, expulsando seus moradores (pobres ou ex-escravos) para as favelas.

Cartola (1908-1980) nasceu no bairro do Catete, sendo o quarto filho dos sete de Sebastião Joaquim e Aída Gomes de Oliveira.

Aos 11 anos de idade já desfilava em blocos carnavalescos de rua, quando foi morar na Mangueira, devido a problemas financeiros de sua família. Cartola estudou somente até o primário, passou sua vida trabalhando sem carteira assinada (foi pedreiro, pintor de paredes, lavador de carros, vigia de prédio), até que se tornou contínuo de repartição pública.

Protótipo de boa parte dos trabalhadores brasileiros, foi como pedreiro que Angenor de Oliveira ganhou seu apelido, pois para não sujar os cabelos, passou a sempre usar um chapéu, logo chamado de Cartola.

Aos 17 anos foi expulso de casa, envolveu-se com várias mulheres e ficou bastante doente, quando teve que parar de trabalhar, ficando a beira da morte. Sobreviveu e, com ajuda dos amigos, como Noel Rosa, se reestrututou, vendendo sambas no início da carreira. O primeiro deles foi Que infeliz sorte, de 1927, gravado por Francisco Alves. Sua formação de sambista vinha desde menino, participando de festas de rua, tocando cavaquinho – que aprendera com o pai – no rancho Arrepiados (de Laranjeiras, onde chegou a morar durante um tempo) e nos desfiles do Dia de Reis, em que suas irmãs saíam em grupos de “pastorinhas”.

Justamente na década de 1920 os blocos de carnaval resolveram se organizar como sociedades permanentes. Logo depois da Estácio, fundada como associação que se autodenominou Escola de Samba, a Deixa Falar, em 28 de Abril de 1928, Cartola e mais sete amigos reunidos na casa do Euclides da Joana Velha, na favela da Mangueira, reuniram os blocos carnavalescos do morro e fundaram a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, cujas cores e o nome da escola são atribuídos a ele. No primeiro desfile, com o samba enredo Chega de demanda, Cartola ganhou seu primeiro prêmio de carnaval, no desfile na Praça Onze, onde ocorriam os desfiles.

Como diretor de harmonia e como um dos compositores da escola, teve seus sambas gravados por muitos cantores das décadas de 1930 e 1940, como Pixinguinha, Donga e outros. Depois, Cartola se afastou da Mangueira, indo residir na Baixa Fluminense. Em 1952, voltou a viver no morro da Mangueira, quando começou a namorar a Euzébia Silva do Nascimento, a Dona Zica, casando-se depois de doze anos juntos, em 1964. Ao lado de Dona Zica que Cartola compôs As rosas não falam, Nós dois, Tive sim e O sol nascerá. Foi também com Dona Zica e mais dois sócios que fundam o botequim ZiCartola, ponto de encontro de grandes sambistas.

Em 1956, Sérgio Porto o encontrou lavando carros, trabalhando num posto em Ipanema nas madrugadas e o relançou como cantor e compositor. Mas será somente em 1974, com 65 anos, que gravará seu primeiro disco, Cartola. Mesmo assim, seis anos depois morreria pobre, morando numa casa doada pela prefeitura do Rio de Janeiro.[5]

Pois foi este excluído Cartola que criou sambas que refletiram, em parte, a República brasileira do século 20 Em uma de suas músicas mais conhecidas, O sol nascerá, que está no disco de 1974, temos uma espécie de autobiografia tranformada em letra:

A sorrir

Eu pretendo levar a vida,

Pois chorando

Eu vi a mocidade perdida.

Em O mundo é um moinho, ao falar do abandono pela amada, Cartola mostra mais uma vez parte da visão do mundo que o cercava:

Ouça-me bem amor

Preste atenção o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões a pó.

Mocidade perdida pela miséria e mundo que tritura os indivíduos. Que retrato contrastante a Cartola temos na leitura das classes dominantes que até hoje procuram se esconder numa visão paradisíaca da ex-capital da República brasileira! Esta mesma elite que processa e devolve pasteurizada a cultura popular do samba, fazendo perder sua crítica social a fim de que uma noção de cidadania restrita se perpetue para os cariocas e brasileiros.

Foi com Alvorada que Cartola, juntamente com Carlos Cachaça e Herminio Bello de Carvalho, ainda nos anos 1960, mostrou o contraste deste Rio entre a beleza natural e o morro que teimava em mostrar a sua face contraditória:

Lá no morro que beleza

Ninguém chora não há tristeza

Ninguém sente dissabor

O sol colorindo é tão lindo

É tão lindo (...)

Você também me lembra a alvorada

Quando chega iluminando

Meus caminhos tão sem vida

E o que me resta é bem pouco

Quase nada

Do que ir assim vagando

Numa estrada perdida.[6]

Entre o morro da beleza e a alvorada do sol que mostra a estrada perdida podemos ver boa parte dos brasileiros que fizeram a história do país: negros, como Cartola, que traduzem a luta contra a escravidão; mulatos, como o bruxo do Cosme Velho, que representam a luta por espaços de cidadania irrestrita.

Machados e Cartolas como Escritores e Compositores da Constituição de 1988

Nos 20 anos da atual Carta Constitucional, ainda temos um Brasil a ser construído. A Constituição de 1988 foi a síntese possível da luta pela democracia constituída pela soma dos movimentos sociais e políticos que derrotaram a Ditadura Civil-Militar pós-1964.

Porém, desde lá sabemos que o sistema de governo, presidencialismo ou parlamentarismo, nos mostram os limites das efetivas conquistas que passam pela igualdade de jure, mas só se tornam realidade na igualdade de facto. Aprendemos, com a maioria dos brasileiros, os quais reforçaram a República no plebiscito de 1993, que a Monarquia foi um governo de poucas famílias para poucos, mas a República pode ser um governo de limitada democracia representativa para os interesses econômicos, quando ainda estamos longe de formas mais participativas e diretas de decisão política que traduzam a igualdade social.

As conquistas de 1988 foram muitas, mesmo que ainda restritas e de jure.

Nestes vinte anos, foram muitas as conquistas de 1988, tanto que incomodaram a visão neoliberal de democracia e cidadania, alicerçada na propriedade privada, no mercado e no consumismo. Percebendo que o direito é um espaço de luta, nossos liberais conservadores não titubearam em golpeá-la, procurando retirar o papel ainda burguês, mas estatal, de agente do desenvolvimento econômico, bem como retirar os limitados, porém importantes, direitos sociais dos trabalhadores, conquistados por tantas lutas neste mais 120 anos de Brasil Republicano.

São estes liberais que insistem na visão que separa e isola a sociedade civil do Estado, como se ele não fosse historicamente um instrumento de classe para gerenciar os negócios dos interesses dominantes.

Historicamente, no Brasil, a cidadania tem sido limitada porque quando se têm conquistas de direitos sociais, elas não vêm acompanhadas no mesmo grau de direitos políticos e civis.[7] E quando a conjuntura não tem sido favorável para manter os níveis de mobilização da sociedade civil, muitos dos direitos sociais conquistados são ameaçados de ser retirados. Eis o real significado da noção de cidadania que historicamente o modo capitalista tem colocado como única alternativa histórica brasileira.

No processo de luta de classes, os direitos, sejam eles civis, políticos, sociais, trabalhistas e até individuais dependem da correlação de forças estabelecida em cada conjuntura da luta dos trabalhadores.

Em 1908, quis a dialética da História que o bruxo se fosse e Cartola nascesse.[8] 100 anos depois, negros, mulatos, brancos, índios, amarelos, etc., enfim todos trabalhadores e herdeiros da vida e das obras destes cidadãos centenários, Machado de Assis e Cartola, as quais nos ensinaram que a democracia não é doação de cima para baixo. É sim o resultado das conquistas das lutas daqueles que não se contentam com uma visão de progresso dentro da ordem, a visão que marca parte da história republicana brasileira e tem sido a cara das classes dominantes do país: a noção de cidadania e de direito, mantenedora de uma visão homogênea de sociedade que tem sobre ela um Estado pretensamente acima das classes, a fim de dirimir os conflitos.

Queremos outra noção de cidadania: a cidadania horizontal e sem as classes, ainda tão oculta no Brasil, como uma síntese catártica do Machado, que de escritor mulato se inseriu na alta academia, com o Cartola, que de neto do cozinheiro do Presidente da República, conheceu a cultura popular dos morros. Uma cidadania que Machado de Assis e Cartola ajudaram a construir, mas ainda ficou tão limitada em 1988.

Notas

[1] Ver FLORES, Elio Chaves. A consolidação da República: rebeliões de ordem e progresso. In. FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano I. O tempo do liberalismo excludente. Da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 45-88.

[2] Esaú e Jacó se encontra disponível e integral na rede mundial de computadores. Algumas destas versões podem ser baixadas como nos sítios da Fundação Biblioteca Nacional, na Universidade da Amazônia – UNAMA e na Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro/USP.

[3] Cf. esta biografia ampliada em http://www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp. Acesso em 20 out. 2008. No dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte.

[4] Ver o artigo “Cem anos da morte de Machado de Assis”. Disponível em http:// democraciapolitica.blogspot.com/2008/09/cem-anos-da-morte-de-machado-de-assis.html. Acesso em 20 out. 2008.

[5] Cf. esta biografia ampliada em http://www.cartola.org.br/cartola.html. Acesso em 20 out. 2008.

[6] Grifos meus.

[7] Estas considerações, e outras abaixo, fazem parte da introdução de minha tese de doutorado O fantasma do medo: o Rio Grande do Sul, a repressão policial e os movimentos sócio-políticos (1930-1937), defendida no IFCH da UNICAMP, em 2004, com a orientação de Michael McDonald Hall.

[8] Essa coincidência foi explorada pelos diretores pernambucanos Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, que resolveram realizar o documentário Cartola - música para os olhos. Nas primeiras cenas, o filme mescla imagens do enterro de Cartola, em 1980, com trechos da obra machadiana Memórias póstumas de Brás Cubas, declamados pelo músico Jards Macalé, colocando o sambista como uma espécie de narrador defunto (ou, seguindo a lógica machadiana, um defunto narrador) de sua própria história. Ver sobre isso o artigo Memórias póstumas de Cartola, de Lucas Cunha. Disponível em http://www.cineinsite.com.br/materia/materia.php?id_filme=33052&id_materia=6215. Acesso em 20 out. 2008.




*Diorge Alceno Konrad, Doutor em História Social do Trabalho pela UNICAMP

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