Pichadores invadem a Bienal de SP

No primeiro dia da exposição, grupo de pichadores realiza ação no 2º andar da exposição como forma de protesto.

Redação

Um grupo de 40 pichadores invadiu a 28ª Bienal de São Paulo neste domingo, dia da abertura da exposição. A ação foi por volta das 19h30 e aconteceu no 2º andar, que não tinha obra nenhuma exposta. Este ano, a curadoria da mostra decidiu deixar um andar inteiro vazio para discutir a "crise da arte".

A polícia militar só chegou ao local meia hora depois do ataque e apenas uma jovem de 23 anos foi detida. Para evitar que os responsáveis pela ação fugissem, as portas da Bienal foram fechadas, causando tumulto. Mesmo assim, metade do grupo conseguiu se misturar aos frequentadores e escapar. A outra metade quebrou vidros do prédio para conseguir fugir.

A organização da Bienal já esperava alguma ação deste tipo na exposição, mas não sabia precisar a data que ela aconteceria. Informações e boatos surgidos cerca de 30 dias antes da abertura fizeram com que o esquema de segurança da mostra fosse reforçado, mas isso não foi suficiente para evitar a invasão.

De acordo com a jovem detida, que não quis se identificar, o grupo conseguiu entrar no prédio pela porta principal. "É o protesto da arte secreta", declarou.

Além de frases como "Isso que é arte" e "Fora Serra", as pichações também levavam os nomes dos grupos que participaram da ação ("Susto", "4" e "Secretos"). O ataque está sendo visto como uma continuidade de outros protestos que aconteceram este ano na Faculdade Belas Artes e na Galeria Choque Cultural.

A Bienal informou que a segurança do evento será incrementada nos próximos dias para evitar outros ataques, mas ainda não existe nenhum detalhe de como isso será feito.

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