Liberdade para poucos

A mídia trata os movimentos sociais como criminosos e os segmentos como desordeiros, denunciou Weber Lopes Góes, do movimento hip hop.

Soraya Misleh

Foto: Mariana Lettis

Os meios de comunicação servem à classe dominante “e criminalizar os movimentos sociais está dentro desse arcabouço de poder e das relações de produção e reprodução do capital”. A ponderação foi feita por Weber Lopes Góes, durante o debate sobre mídia, ética e violação dos direitos humanos no I Encontro Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura, em 20 de outubro.

Educador de rua, historiador, membro do Núcleo Cultural Força Ativa e do movimento hip hop, ele complementou: “Além disso, tem o problema da liberdade. O Estado brasileiro historicamente é autoritário e a violência, institucionalizada.” Diante desse quadro, para ele, é difícil materializar a discussão sobre direitos humanos.

“A própria forma de organização da sociedade impede, calcada na mídia que fundamenta-se na lógica de mercado.” Nem tudo está perdido, ressaltou Góes. Na sua visão, é premente refletir sobre como socializar o conhecimento que vem sendo produzido e a sociedade se apropriar do saber e como produzir mídia “radical”.

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