Conheça alguns dos nomes que preenchem de arte as ruas das cidades utilizando técnicas de estencil, sticker e poster.
Maisa Infante
Nas grandes cidades, não é difícil cruzar pelas ruas com pessoas fazendo desenhos ou colando adesivos e cartazes. Os adeptos do sticker, stencil e poster ganharam galerias e espaços fechados, mas não deixaram de mostrar sua arte nas ruas. Muros, casas abandonadas, telefones públicos, lixeiras e faróis são alvos certos desses artistas que querem dar uma nova cara às metrópoles. Veja um pequeno perfil dos principais nomes e coletivos desse tipo de intervenção urbana.
Projeto Chã
Divulgação
Quebrar a rotina de quem está indo para casa, para o trabalho ou para a escola é o principal objetivo de Rodrigo Chã, que criou, ao lado de Camila Santos, o Projeto Chã. Designer Gráfico formado pela Universidade Belas Artes (SP), é especialista em stickers e posters. Além das ruas, seus trabalhos já foram parar em galerias de arte, casas noturnas, cenários de programas de TV e na publicidade. Os adesivos e cartazes do projeto são facilmente identificados pela imagem de uma pomba que, segundo Rodrigo, “representa a praga urbana, presente em todo canto da cidade”.
Eles não costumam marcar dia e hora para colar seus adesivos ou posters. Sempre circulam pela cidade com eles dentro da mochila. Quando sentem que é hora, espalham sua marca por aí. “Usando o vasto mobiliário urbano procuramos estreitar a relação entre cidade e cidadão, tornando esse ambiente público um lugar mais interessante de se estar”, diz.
Reprodução |
O coletivo SHN está sediado em Americana (SP), mas tem braços espalhados por várias cidades do Brasil. “Começamos fazendo cartazes de shows em serigrafia e, com o tempo, passamos a produzir cartazes e adesivos para serem colados nas ruas. No princípio éramos três parceiros e hoje contamos com outras equipes que têm outras responsabilidades, como vídeo, web, cenografia, tatto e moda.
É um grupo bem eclético, com possibilidades infinitas em prestações de serviços, exposições e produções”, explica Haroldo Paranhos, um dos membros do coletivo. As criações do SHN estão em camisetas, bonés, botons, além de espalhadas por muros de várias cidades brasileiras e do exterior, como Bologna, Buenos Aires, Inglaterra, Amsterdã e Nova York. A idéia do grupo é inserir uma nova linguagem, uma nova forma de comunicação no dia-a-dia das pessoas. “A gente sempre fala que o adesivo ou o poster é mais uma informação. Gostamos dessa idéia de permitir a liberdade de interpretação. Para podermos nos comunicar com qualquer pessoa, optamos por desenhos simples, com pouca cor, de entendimento universal”, explica Haroldo.
Sesper
Divulgação/Sesper |
Alexandre Cruz, o Sesper, 35, começou a fazer arte na década de 1990, usando papelão, material reciclado, tinta pastel e à óleo. Músico, sempre circulou no meio artístico e acabou amigo de pessoas envolvidas com o Hip Hop e o grafite. Como fazer grafite era caro, resolveu manifestar suas idéias criando posters que colava pela cidade. Aos poucos profissionalizou as técnicas e passou a criar e a produzir em série.
Hoje, Sesper trabalha muito com colagens que faz em cima de diversos suportes, desde o papel até um shape de skate. Utiliza material que recicla em seu próprio estúdio, inclusive sobras de outros trabalhos que tenha feito. O reconhecimento vem com os convites para participar de exposições e atuar como ilustrador. Mas, para ele, o mais importante de tudo é poder demonstrar suas idéias e sentimentos através do que mais gosta de fazer: arte.
Dedo verde |
Celso Gitahy começou no graffiti nos anos 1980, quando o movimento começava a surgir no País, e é um especialista em Stencil (é dele o site www.stencilbrasil.com.br). “Eu entrei nessa área como uma forma de transgressão, de rebeldia. A gente pintava nomes de bandas punk nos muros”, conta. Na faculdade de artes plásticas conheceu grafiteiros que atuavam mais na área artística e começou a se interessar pelo mundo das cores. “Eu tinha muita dificuldade com cores. Com o spray eu consegui romper com isso”.
Nos anos 1990, Celso começou a unir o grafite a um trabalho educacional e, aos poucos, passou a viver só de arte. Escolheu o stencil para trabalhar porque é uma forma mais rápida de se fazer o grafite. “Antigamente a gente precisava fugir da polícia”. Hoje, acha que o grafite conquistou um espaço importante, mas precisa aprender a lidar com o que chama de “caronistas”. “Pessoas que estão se aproveitan
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