Mais convivência em família


Wilton Ronald da Silva - Martinho Campos-MG

“Os acontecimentos em destaque na mídia, nos últimos dias, mostram-nos um quadro alarmante em relação aos nossos jovens e adolescentes. Crimes bárbaros ocorrendo no Brasil deixando pais, amigos, familiares e cidadãos de cabelo em pé, sem achar motivos para tanta violência ou não acreditarem no que estão vendo. Tudo parece fora de controle ou sob controle de uma outra força: a modernidade. O recente caso da garota Eloá e da amiga Nayara leva-nos a uma reflexão: será que os jovens e adolescentes não estão tendo uma boa educação? Uma educação adequada?

Acredito que os pais se esforçam, mas as modernidades da vida, a acomodação e o longo braço ‘ruim’ da mídia levam nossos filhos a se tornar cidadãos diferentes de como eram algumas décadas atrás. Hoje, eles brincam e estudam pouco; tudo é enlatado para os jovens (computador, internet, calculadora, máquina de somar, celular etc.). Não escrevem mais, não fazem conta utilizando lápis e cabeça; têm tudo à mão e alimentam-se mal (na maioria dos casos), não correm, nem se divertem com outras pessoas; não praticam esportes (só o obrigatório da escola); enfim, se tornam vítimas de um mundo moderno, cômodo e prático. Claro que isso, apesar de real, não levaria um jovem a cometer um crime, porém, assim vivendo, a qualidade de vida diminui. Temos que levantar a cabeça e ensinar aos nossos filhos as diversas atividades a que tínhamos acesso no passado: descansar e brincar, sorrir, chorar e cantar; amizades sadias, praticar esportes, nem que seja uma caminhada ao lado de uma pessoa que a gente goste; escrever uma carta a um amigo (não e-mail), estudar utilizando apenas a cabeça e os livros, ter mais alegria, rezar, dizer senhor e senhora, desculpe, por favor, enfim, ter uma vida saudável com os amigos, familiares e Deus.

Assim, crimes como esse de Santo André diminuiriam sobremaneira e, quem sabe, uma sociedade mais justa, tolerante e generosa surgiria.”

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