Assim na banca como na web

Circo da pirataria movimenta mais cifrões do que o narcotráfico enquanto autoridades quebram cabeça para encontrar formas mais eficazes de combater este tipo de crime
Frederico Bottrel
De um lado, os ambulantes gravam DVDs e vendem nas ruas, a preço de banana. De outro, pessoas com acesso a sites de filmes baixam os conteúdos e assistem em casa, a preço zero. No meio, a internet, a mocinha mais vilã dos últimos tempos. A grande rede, turbinada com a banda larga, permite o compartilhamento de arquivos multimídia e a ação de vendedores e consumidores da web. Assim, está armado o polêmico circo da pirataria, um mercado que, de acordo com a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), movimenta mais cifrões que o narcotráfico. “Um dos maiores desafios é que estamos falando de um crime socialmente aceito. Os consumidores

incentivam o comércio ilegal, comprando os produtos pirateados, e muitos baixam os conteúdos na internet sem o menor peso na consciência”, diz Tiago Sayão de Aguiar, da Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM). Por isso, o caderno Informátic@ foi conferir de perto essas duas realidades, ao mesmo tempo tão distantes e tão próximas. Conversamos com um ambulante, que atua na Zona Sul vendendo seus DVDs e com um estudante de classe média, que parou de comprar CDs depois que começou a baixar as músicas. Se você já adquiriu um DVD pirata ou se já fez um download ilegal na web, não tem como ficar de fora da discussão.

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