Raimundo Paccó/Folha Imagem |
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de 2.000 pessoas, segundo a PM, marcharam ontem à tarde pelo Dia da Consciência Negra em São Paulo. Embalado ora pelo reggae que vinha dos carros de som, ora pela batida afro dos grupos de percussão, no chão, o grupo pedia a aprovação de leis que garantam inclusão social para os negros. Entre elas, a que reserva vagas em universidades.
O grupo saiu da av. Paulista por volta das 14h e fez um percurso de 3,7 km, passando pela rua da Consolação antes de se concentrar no Teatro Municipal (centro).
Antes do ato, pela manhã, ocorreu uma missa na catedral da Sé, que contou com a presença do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Ao final, o prefeito afirmou que o feriado é "uma oportunidade de festejar os avanços na superação das desigualdades que existiam no país".
Menos otimistas, entidades do movimento negro afirmam que ainda existe "abismo social" no Brasil.
"Não adianta colocar um monte de gente dançando e cantando em cima de um palco, porque amanhã, na política, na cultura, nada vai mudar", diz a estudante de gastronomia Fernanda de Almeida, 25.
A estudante assistiu aos shows na praça da Sé -que receberam 2.000 pessoas, segundo a PM.
(RICARDO SANGIOVANNI E CRISTINA LUCKNER)
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