DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA : Inclusão deve ser adotada


Victor Sidonio acha que vitória de Barack Obama é sinal de mudança
Na quarta geração de uma comunidade quilombola em Belo Horizonte, Núbia Sidonio, cabeleira étnica e educadora social, confirma o que diz o livro. “Nós estamos cada vez mais orgulhosos de sermos negros. Isso, de fato, está cada vez mais forte. É um grande avanço para a construção de uma identidade. Mas o preconceito é a maior arma, e, por incrível que pareça, ele existe entre nós da mesma raça, pois muitos não se reconhecem como negros”, avalia. Ela e o irmão, o artista plástico Victor, não acreditam que em 2029 as diferenças raciais na renda domiciliar sejam igualadas. “Faltam políticas públicas e, principalmente, a união dos negros”, diz Victor. Eles acham, no entanto, que a vitória do primeiro presidente negro nos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, é um sinal de mudança do cenário. “Precisamos juntar forças e acreditar na beleza e competência que o negro tem.”

Mário Theodoro atribui a vitória do presidente Obama às ações que os EUA adotaram. “Depois da abolição da escravatura, o país adotou políticas de inclusão para a população negra. Foram construídas 5 mil escolas para afro-descendentes, uma universidade e mais 300 escolas de segundo grau. O Brasil nada fez. Hoje (ontem) no dia que se comemora a consciência negra, há danças, folclores e tantas manifestações, mas não é disso que o povo precisa, e sim de ações governamentais que mudem essa história”, ressalta.

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