Ministro se compromete com o combate ao racismo no Brasil



O ministro da Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, participou na manhã deste sábado (8/11) do Colóquio África e Diáspora, que reúne mulheres de diversos países em Salvador para discutir a situação da mulher negra no mundo. Santos manifestou sua satisfação com o evento e agradeceu pela oportunidade de ratificar, diante de um público tão qualificado, o compromisso do governo brasileiro em reparar os males causados ao povo negro pelo preconceito e a discriminação racial. “O Brasil foi o último país a abolir legalmente a escravidão. Depois disso, também não garantiu a terra e condições de trabalho para os negros, abandonando-os à própria sorte nas favelas e guetos das grandes cidades. Estava mais que na hora de adotar políticas para reparar esta situação”, disse.


Edson Santos falou ainda das ações afirmativas desenvolvidas pela Sepir como a políticas de cotas nas universidades públicas, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o trabalho desenvolvido com comunidades remanescentes de quilombos. “Nós enfrentamos muitas críticas daqueles que acham que as políticas universais são suficientes para resolver a questão, mas nós que sofremos na pele os efeitos de 120 anos de invisibilidade e discriminação social sabemos que é preciso muito mais. Por isso, a Sepir e o governo Lula estarão ao lado de todas as entidades aqui presentes na luta para que, um dia, o racismo seja erradicado do nosso país”, reafirmou.

Senegal

“A África será a maior potência econômica do mundo”. A afirmação é do ministro da Diáspora do Senegal, Amadou Lamine Faye, durante sua explanação no Colóquio África e Diáspora, em Salvador. Em um discurso que enalteceu as potencialidades do continente africano, o ministro falou das riquezas da África e dos males que a colonização causou ao seu povo. “Fomos esquecidos durante muito tempo e agora o mundo está querendo se organizar sem a nossa participação. Atentos a estas manobras, 20 países estão se organizando para formar a União Africana, que tem tudo para ser a maior potencia do mundo. Afinal, o nosso continente tem muitas riquezas, como petróleo, ouro e o diamante, temos um grande território propício para o cultivo de alimentos e ainda, temos a maior população de jovens do mundo. Só nos falta a união das nossas forças, mas já estamos conversando sobre isso”.

Amadou Faye exaltou ainda a força da mulher senagaleza, que é a principal responsável pela atividade agrícola no país. “A colonização de nosso país nos deixou como herança um modelo que concentra as atividades econômicas na capital Dakar. Por isso, os homens são obrigados a buscar trabalho na cidade, deixando as mulheres no campo com a responsabilidade de cuidar da terra e da plantação. A partir desta constatação, o governo do Senegal criou um Ministério do Empreendedorismo, que trabalha com as mulheres e tem conseguido grandes avanços no país. As mulheres vêm revelando grande talento para os negócios, o que melhorou a qualidade de vida de grande parte da população”, concluiu.

de Salvador,

Eliane Costa

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