Governo quer criar universidade luso-afro-brasileira



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que cria a Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab). Pela proposta do governo, a universidade ficará sediada na cidade de Redenção (CE) e terá como principal foco a integração do Brasil com os países da África, especialmente com os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com vistas ao desenvolvimento regional e ao intercâmbio.



De acordo com o projeto, a Unilab terá por base a cooperação internacional, com intercâmbio de profissionais e estabelecimento de convênios com instituições da CPLP. Os cursos terão ênfase em áreas de interesse mútuo, tais como a formação de professores, desenvolvimento agrário, gestão, saúde pública, entre outras.

Para o deputado Iran Barbosa (PT-SE), essa iniciativa do governo mostra o compromisso sério com a população brasileira. "É positivo o que o presidente Lula vem fazendo em prol da educação e em beneficio do povo brasileiro. Essa é uma iniciativa louvável de grande exemplo", disse. Ele acrescentou que o presidente Lula demonstra preocupação em banir a desigualdade: "O primeiro passo sem dúvida é viabilizar a educação a todos", afirmou ele.

Na avaliação do deputado petista Reginaldo Lopes (MG), a integração dos países de língua portuguesa é valiosa. "Essa integração do Brasil com os demais países de língua portuguesa é fantástica, principalmente por ter começado aqui. Acredito no resultado positivo desse projeto que, além da educação, ampliará os laços de amizade e buscará um melhor convívio entre o países", ressaltou.

Lula participa em, Lisboa, nesta sexta e e sábado, da 7ª Conferência de Chefes de Estado e Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ele apresentará o modelo da universidade, que destinará metade das vagas a alunos africanos.

De acordo com o MEC, serão oferecidos cursos de saúde, física, biologia, tecnologia, engenharia, administração e agronomia, áreas de interesse dos países africanos. Os estrangeiros estudarão no Brasil e também em pólos instalados nas nações da CPLP (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste).

Os recursos da universidade serão provenientes de dotações da União, auxílio de entidades públicas ou particulares, remuneração por serviços prestados e convênios com órgãos nacionais ou internacionais. O projeto de lei também propõe a criação dos cargos de reitor e vice-reitor, 150 de professor e 208 de técnico-administrativo.

Para garantir os objetivos da Unilab, o quadro de professores deverá ser formado por meio de seleção aberta a todos os países da região. A seleção dos alunos também seguirá essa regra. A expectativa é que o primeiro vestibular ocorra no segundo semestre de 2009. Mas, antes, o projeto de criação da Unilab precisa da aprovação do Legislativo.

Fonte: Agência Informes
Equipe Informes

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