O jornal britânico The Mail On Sunday diz ter descoberto a identidade do misterioso artista Banksy.

Segundo o jornal, ele seria Robin Gunningham, de 34 anos, um ex-aluno de uma escola particular.

O jornal diz que identificou Banksy a partir de uma fotografia de um homem ajoelhado com uma lata de tinta spray, tirada na Jamaica há quatro anos.

Banksy, cuja identidade nunca foi revelada oficialmente, é conhecido por seus desenhos de conotação política em edifícios públicos da capital britânica e em outras partes do mundo.

Ele também realizou façanhas como substituir 500 CDs de Paris Hilton por versões "alternativas" em lojas espalhadas pela Grã-Bretanha e colocar uma réplica em tamanho natural de um prisioneiro da base americana na Baía de Guantánamo na Disneylândia, em Los Angeles.

Uma porta-voz do artista se recusou a comentar a reportagem do jornal britânico.

“Nós recebemos esse tipo de ligação o tempo todo”, disse à BBC. “O que vou dizer é o que sempre digo, eu nunca confirmo ou nego essas histórias.”

Até agora, a única coisa que se sabe de Banksy é que o artista nasceu e cresceu na cidade britânica de Bristol.

Rumores de que ele se chama Robin Banks e que seus pais acreditam que ele seja um pintor ou decorador são comuns.

Colegas

Scott Nurse, um ex-aluno da escola de Gunningham, a Bristol Cathedral School, disse ao jornal que seu colega era “extremamente talentoso nas artes”.

“Eu não ficaria surpreso se ele fosse mesmo Banksy”, disse.

Luke Egan, um artista que já realizou uma exposição conjunta com Banksy, inicialmente disse que não conhecia Gunningham, mas depois admitiu que dividiu um apartamento com ele.

Ao ser perguntado pelo jornal se Gunningham era Banksy, ele disse “bem, ele não era na época”.

O pai de Gunningham, Peter, disse que não reconhecia a pessoa na fotografia mostrada no The Mail On Sunday, enquanto a mãe, Pamela, negou ter um filho.

A fotografia tirada na Jamaica pelo fotógrafo Peter Dean Rickards apareceu pela primeira vez na Internet e em seguida no jornal The Evening Standard em 2004.

Na época, o agente de Banksy, Steve Lazarides, disse à revista The New Yorker que a foto não era de seu cliente.

Mas Colin Saysell, um policial que trabalha na prevenção de grafites em Bristol e que seguiu Banksy por anos, disse que a foto era legítima.

Dois anos depois, o artista insistiu que o público jamais deveria descobrir sua identidade.

“Eu não tenho interesse em me revelar”, disse à revista Swindle.

“Eu estou tentando apenas fazer com que os desenhos apareçam bem, eu não quero fazer com que eu mesmo apareça bem.”

“Além disso, é uma aposta segura dizer que a realidade do que sou iria ser uma terrível decepção para alguns moleques de 15 anos por aí”, disse Banksy.

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