Em vez de promover justiça social, MST optou pela desordem
| Circularam na mídia notícias que revelam supostas ligações de integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com políticos brasileiros, além de contatos do desembargador gaúcho Rui Portanova com a guerrilha do país vizinho, sendo ele conhecido por suas decisões favoráveis ao Movimento dos Sem Terra (MST), o que pode evidenciar parcialidade nos seus julgamentos, comprometendo a isenção da sua atuação. Os dados foram colhidos do computador de Raúl Reyes, o nº 2 do movimento, morto em operação do Exército colombiano. Há muito os chamados movimentos sociais descambaram para a violência, desprezando a lei e a ordem social, com a simpatia de membros do governo, juízes e populares.
O cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informa que o Brasil tem 120 milhões de hectares de terras improdutivas, o que avaliza a luta dos campesinos pelo cumprimento do art. 184 da Constituição da República, que ordena a desapropriação, para fins de reforma agrária, das grandes propriedades que não cumprem função social. Não se desconhecem os conflitos sangrentos travados pelos trabalhadores pelo acesso à terra em todo o território nacional, com mais de 2 mil assassinatos desde a década de 1960. Há no campo 200 mil famílias acampadas e 800 mil inscritas nos programas de reforma agrária, demonstrando por que o movimento dos sem-terra faz parte da agenda política do país. O Estado de direito estabelece o equilíbrio das forças opostas, como o capital e o trabalho, fixando deveres e obrigações, regras e normas a serem respeitadas por todos, sob pena das sanções cabíveis. Mas o que se percebe é que o MST, com invasões às instituições, prédios públicos e fazendas produtivas, atenta contra a democracia, alardeando estratégia de força, o que enfraquece os legítimos interesses dos que têm direito a terras prometidas.
A marcha agressiva do MST, financiado com dinheiro público repassado pelo governo Lula por meio de ONGs, tem como alvo grandes empresas transnacionais voltadas para o agronegócio e ameaça investimentos que geram empregos. Em vez de promover justiça social, o MST optou pela desordem, afugentando empresas, desafiando o Estado democrático de direito e descumprindo decisões judiciais. O país espera que seja efetivada a reforma agrária, mas espera, também, que os responsáveis por badernas sejam punidos cível e criminalmente pelo patrimônio destruído; que o poder público não financie o vandalismo com dinheiro arrecadado dos impostos do povo; que se investigue o conluio entre donos de terras improdutivas e invasores para aumentar o valor da desapropriação; que se apurem as ligações perigosas de juízes e membros do governo com esses movimentos. Como analisou o jornalista Rodrigo Gini: “A vida democrática pressupõe o direito à contestação e ao debate de idéias, desde que resguardadas as garantias e liberdades constitucionais”. | |
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