"Temos o dever de considerar argumentos como o de Walter e buscar caminhos que nos levem a uma conjugação de liberdade com disciplina e direito de expressão com responsabilidade social."
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Com o aumento da violência e a enxurrada de denúncias de mau uso do dinheiro público, cresce o número dos que se mostram saudosos de outros tempos no Brasil. O leitor Walter de Souza Gomes é um deles e mandou um e-mail com algumas comparações entre a época da ditadura militar e o que ele chama de “democracia fajuta” de hoje. Como é preciso ouvir todas as vozes, abaixo um resumo do texto de Walter:
“Quando minha geração tinha 18 anos (por volta de 1974) jogávamos bola, íamos a barzinhos, namorávamos; voltando do Mineirão a gente passava pelo centro da cidade no fim da noite e até arriscava uma espiada na zona boêmia quando a temida Metropol pedia documentos, a gente mostrava e ia embora. Hoje, não temos liberdade para sair de casa à noite e, na televisão, é só cena de sexo. No rádio, o dia inteiro, tem menino de 14 nos negando descaradamente crimes que cometeram, às vezes com requintes de crueldade. Sei que nos porões maltratavam muita gente, mas, com todos os pecados, ainda era melhor que hoje... Fui taxista de 1980 a 2004, mas, depois do terceiro assalto (entre 2001 e 2004), abandonei a profissão de que tanto gostava”.
Mesmo aqueles que, como eu, não querem aqueles tempos de volta, têm o dever de considerar argumentos como o de Walter e buscar caminhos que nos levem a uma conjugação de liberdade com disciplina e direito de expressão com responsabilidade social. Walter não está só quando conclui que nos anos de chumbo havia um ambiente mais propício aos brasileiros honestos. Claro que muita gente chorava e mamãe não ouvia, mas aí já é outra história, que dá mil conversas... O importante é fazer o alerta.
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Um comentário:
Boa publicação!!
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